Eu estava esperando minha mala surgir na esteira. Eu estava tão feliz de estar ali já que quase não consegui entrar no país, os espanhóis eram ruins de dar vistos. Pensei que eram os americanos que se faziam de difíceis. Mandei uma mensagem para Henrique dizendo que eu já estava no aeroporto. Eram 8 horas da noite horário local."Estou te esperando em frente à porta dois.
Amo você, H.''
Meu sorriso para o telefone foi bobo, gostaria de saber o que as pessoas estavam pensando quando me viram rindo sozinha para a tela de um celular. Finalmente minha mala marrom da Kipling apareceu sendo uma das últimas como sempre.
Sai puxando minha mala de rodinhas e o mais rápido que pude. Sempre havia paparazzi, mas dessa vez nem me incomodei. Cheguei perto da porta automática e quando a porta abriu vi Henrique parado no Lamborghini estacionado no meio fio a quatro passos depois da porta. Fiquei tão estática que a porta voltou a se fechar. Dei um passo para a porta se abrir de novo para ver se eu não estava sonhando.
Eu não estava sonhando. Quando a porta se abriu novamente seu sorriso estava incrível, porém com uma expressão confusa pela minha reação da porta. Dessa vez eu corri, corri para poder abraçá-lo. Ele me apertou com força também cuidando para não me esmagar. Eu enterrei meu nariz em seu pescoço para sentir seu cheiro e ele fez o mesmo porém no meu cabelo. Eu o agarrava ele pelo pescoço e ele por minhas costas. Ficamos assim, sem falar nada somente abraçados sentindo a energia que havia entre nós dois por um minuto inteiro.
– Oi. – Digo um pouco tímida depois de soltá-lo finalmente.
– Oi. – Ele me diz em resposta com seu sorriso que me derrete. – Vamos, entra. – Ele abre a porta para mim e depois se senta no lado do motorista e da a partida no carro.
Eu me sentia estranha apesar de estar sorrindo. Viver em um relacionamento a distância era mais complicado do que eu pensei que fosse. Sinto-me perdida ao lado dele agora e eu ainda não sei como lidar em momentos como esses.
– Pronta para perder hoje? – Ele me olha sorrindo de felicidade e eu não entendi o que ele disse. – Pizza. Pronta?
– Acho que eu devo te fazer essa pergunta. – Eu rio em deboche a ele. Olho a linda e cidade de Barcelona e fico recordando as lembranças que tive daqui.
– Muitas lembranças? – Assenti com a cabeça nostálgica.
– Ah! Tenho uma novidade de última hora. - Minha voz sobe de um tom quieto para o tom de inquietação - Não reprovei na matéria. Falei com a coordenadora de Moda e ela falou que era inadmissível que eu fosse reprovada. – Meus olhos brilhavam por causa da lembrança que eu tinha quando a coordenadora falou isso. Ainda estou com raiva da professora e daquelas invejosas.
– Fico feliz por isso minha linda. – Ela me olha nos olhos e os volta para a estrada. – O lado ruim foi por você ter ficado triste por causa deste acontecimento. – Olho para ele e seu olhar era um pouco triste, mas logo foi esquecida.
Olhando para ele naquele momento me senti um pouco em casa. Quando eu passei um mês nessa cidade eu queria ficar o tempo todo grudada nele. Suspirei fundo por me sentir tão feliz.
Fomos direto para sua enorme casa. Entramos na garagem e vi o Porsche, a Maserati e um novo carro que me chamou a atenção, era um Audi A1 branco com a parte do teto preto e ele não estava ali da última vez que eu estive aqui.
A Sr. Lima que trabalhava na casa me recebeu com um enorme sorriso e fui grata por isso. Henrique parecia que ia explodir de tanta felicidade. Era tão bom vê-lo assim. O celular dele tocou desfazendo minha cara de abobada para ele.
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Um amor além de flashes
RomanceDeterminada, sonhadora, irritante e dona total de si Helena viaja para Barcelona para estudar durante um mês com intensão de melhorar seu currículo e melhorar seu histórico profissional. O que ela não esperava era que ia melhorar também seu históric...