Livro 2 - Capítulo 7

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Carícias, declarações e gemidos eram tudo que inundavam minha mente nesse momento. Eu amava quando Henrique se declarava para mim e esta viajem foi como um sonho. Olho para Barcelona de cima e o sol já está se ponto no horizonte e as luzes começando a se acender. Minha cabeça ainda gira porque ora estou num lugar ora estou noutro.

Todos nós combinamos de irmos até o apartamento de Martina. Luana ia pegar suas coisas que ficaram por lá e eu e minha colega de apartamento iríamos ficar por lá mesmo. Pensando mais uma vez na viagem quase adormeço por causa do cansaço no banco da Ferrari de Henrique.

– Chegamos. – Ele destranca meu sinto me dando um beijo no rosto. – Acho que vou te ajudar com sua mala, você não tem nem condições de caminhar. – Me obrigo a rir.

– Eu vou amar ficar com você mais um pouco. – Ele sorri o que faz eu me derreter toda.

Pelo jeito não era só eu que estava morta. Luana e Martina estavam caladas também dentro do elevador. Abri a porta do apartamento com minha chave e me assustei com a bagunça. Eu não me lembrava de ter deixado desse jeito e um choque me percorreu. Os homens entraram antes de nós para ver se tinha alguém ali dentro. Fomos roubadas!

Fui direto para meu quarto e também estava tudo revirado. Meu guarda roupa estava vazio por tudo estar espalhado no chão. Ah não minha caixinha!

Começo a chorar desesperadamente. Era onde eu guardava as duas pulseiras que ganhei de Henrique a de quando ele me pediu em namoro na nossa primeira vez e de formatura com pingentes, o relógio Michael Kors e um par de brincos de diamante presente de minha falecida avó. Noto que algumas roupas como o vestido Vera Wang que ganhei também não estava mais lá.

– Tudo bem, está tudo bem. – Henrique me abraça só que choro mais ainda.

– Não está tudo bem, eles me roubaram tudo! – Estou soluçando. Ele me abraça mais forte.

– Desculpe, por tudo. Vou fazer de tudo para recuperar. – Ele me olha e limpa minhas lágrimas. – Vem comigo.

– Aonde vamos? – Limpo minha maquiagem agora um pouco borrada.

– Vamos para minha casa. Não vou deixar você em um local que não é seguro.

– Henrique...

– Vamos. – Eu não tinha como negar.

Como Luana já ia para a casa de Eric Martina também foi com Marcelo, saímos deixando mais uma vez o apartamento vazio.

Henrique estava de novo calado. Se alguma coisa eu sabia bem dele era que ele ficava assim quando alguma coisa está o aborrecendo ou está errada.

– Sinto muito por suas coisas. – Olho para ele surpresa por finalmente ele começar a falar e não eu.

– Eram objetos de valor sentimental para mim. – Olho para a janela vendo os prédios em vultos.

– Acho que se conseguirmos encontrar os criminosos, eles consigam recuperar.

– Acho pouco provável. – Digo desanimada.

– Mas não impossível. – Abro um pequeno sorriso para ele de agradecimento por seu otimismo.

– Amanhã vou pedir para trocarem as fechaduras e trincas. – Digo limpando o nariz na blusa.

– Você não vai mais morar lá. – Sua expressão está dura olhando para a estrada.

– E onde vou morar? Com você?

– Por que você fala como se fosse uma má ideia?

– Já conversamos sobre isso. Acho cedo para essas coisas. – Ele bufa.

Um amor além de flashesOnde histórias criam vida. Descubra agora