Livro 2 - Capítulo 37

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Eu sou uma idiota.

Uma tremenda burra egoísta e autêntica idiota.

Olho para a piscina a minha frente, sua água cristalina com a luz do sol fica refletindo a beirada de sua borda como eu agora, refletindo como uma pessoa que não tem noção de seus atos fica ao pensando no que fez.

Eu aceitei o pedido. Eu aceitei egoistamente o pedido e me senti a pessoa mais completa do mundo. Continuo a observar a água com os jatos filtradores ligados e pensando sobre ontem a noite as palavras de Henrique que pairavam sobre minha cabeça.

14 horas atrás...

"–Henrique! – Falo tampando a boca pelas luzes como lampiões em volta.

– Eu demorei tempo demais para fazer isso. – Ele me olha nervoso. – Desculpa por ser o maior babaca do mundo e não ter visto o que você realmente queria. Ou na verdade, merecia. – Engulo seco sentindo meu coração parar. – Não consigo mais passar um segundo longe de você, quero você em todos os momentos da vida e talvez até depois. – Dá um sorriso inconformado.

– Henrique não precis...

– Quero sempre estar ao seu lado para você fazer minha cabeça girar e não saber o que fazer, quero sua boca sem pensar, sua alegria contagiante e que me ensine a dançar, quero uma família, nós cinco. – Diz colocando as mãos em minha barriga. – Só não quero mais fuga porque não aguento mais. – Solto uma lágrima pois não conseguia mais segurar. – Eu te quero para sempre, mesmo você me testando em todos os momentos.

Olho admirada para seus lindos olhos verdes e sua boca sorridente.

– Helena Venturini casa comigo? – Ele se ajoelha me mostrando uma caixinha verde água com um anel com uma pedra enorme em cima. – Casa comigo e continue me fazendo o homem mais feliz do mundo.

– Sim. – Sussurro. – Sim é claro. – Sinto um chute na barriga.

– Eu prometo amar você irrevogavelmente até fazer você lembrar de mim. Estarei sempre do seu lado te ajudando, te acalmando, te fazendo sorrir ou até mesmo chorar.

Um sinal de deja vu passa por minha cabeça pela frase dita por ele.

O anel de platina com uma pedra oval e brilhantes em volta foi deslizado em meu dedo anelar esquerdo parecendo maior que na caixinha.

Henrique me beijou pela primeira vez como meu noivo, com uma mão em minha nuca e a outra em minha cintura me imobilizando, como se nunca mais fossemos nos desgrudar.

O peso da vida estava em meu dedo e em meu ventre agora, eu não podia falhar e nada poderia dar errado.

– Alguém aqui dentro mexeu. – Falo entre lágrimas, sorrisos e nervosismo.

– Não poderia ser diferente porque são três homenzinhos ai. – Fala alisando minha barriga. – Vão ser como o pai. – Tendo esses olhos podem ser quem quiser...

– Fiz direito? – Indaga sem graça.

– O que? – Pergunto confusa.

– O pedido. – Diz ainda sem graça pelo obvio que não entendi.

– Foi maravilhoso, perfeito. – Falo enquanto coloco meus braços em volta de seu pescoço.

– Eu te amo. – Diz e eu me derreto.

– Eu também te amo. – Falo em meios a selinhos.

– Temos um jantar especial.

– Eu meio que tinha notado a mesa para dois. – Ele pende a cabeça para trás gargalhando.

Um amor além de flashesOnde histórias criam vida. Descubra agora