Olho para Fernando que parece entender quem ela é e depois para Henrique. Seu olhar estava congelado nela e nem chegava a piscar.
Yasmin estava com os olhos vermelhos. Dava para notar nitidamente apesar de ela estar do outro lado da grande sala. Ela estava abatida, porém mais linda que a foto que eu tinha visto.
Ela parecia uma modelo de capa de revista se respirasse fundo e limpasse as lágrimas ela poderia participar de um ensaio fotográfico e ninguém ia notar que ela estava desesperada.
– Alice. – Ela derrama mais uma lágrima. – Minha mãe está em coma. Ela voltou para o hospital e eu não sei o que fazer.
–Ai Yasmin eu sinto muito. Espera eu calçar meu tênis e eu vou te acompanhar até o hospital.
– Eu vou com ela. – Olho sem acreditar no que Henrique disse. – Você ainda está com dores no pé. Eu vou com ela. – Ele se levanta e começa a procurar carteira e o celular.
– Eu vou junto, quanto mais ajuda melhor. – Digo e Alice não parece concordar, mas ela não se opõe.
Eu e ele subimos até o quarto dele completamente em silêncio e colocamos nossas jaquetas novas já que esfriou mais ainda.
– Pegue a chaves do meu carro, é maior e mais confortável. – Alice nos da a chave da Land Rover branca.
Eu e Henrique fomos no banco da frente e Yasmin foi chorando baixinho no banco de trás.
– Desde quando ela está no hospital? – Henrique quebra o silêncio mortal que ali havia enquanto já estávamos nos dirigindo ao hospital.
– Desde hoje a tarde. Eu descobri faz uma hora. – Ela com certeza estava sensibilizada. – Ela andou bebendo demais e desta vez ela exagerou.
Fomos em direção a avenida para o hospital, cuja a fachada era de vidros espelhados numa construção que ia de uma quadra a outra e depois de cinco minutos estacionamos o carro nas vagas Vips.
Chegamos ao terceiro andar do hospital, também na área vip e fomos em direção a uma grande sala. Yasmin entrou primeiro seguida se Henrique e depois de mim.
Havia mais cinco pessoas lá dentro que no qual, eu nunca tinha visto na vida. Yasmin e Henrique foram na frente em direção ao pessoal que ficaram chocados ao ver Henrique.
Fiquei parada logo depois da entrada sem saber o que fazer e então percebo uma cadeira ao meu lado. Sento e cruzo meus braços.
Tento escutar o que eles estão falando e parece que é coma alcoólico com forte indicio de cirrose.
Quanto mais eles falavam mais Yasmin chorava até que Henrique a abraçou. Engoli seco e até me senti verde de ciúmes. Mas por fim me segurei.
Já passava da meia noite e fui até os dois, que agora estavam sentados lado a lado nas poltronas que ficavam quinze passos de onde eu estava.
– Vou ver onde é a cafeteria. Vocês querem alguma coisa? – Olho sem emoção para os dois. Henrique me da um pequeno sorriso.
– Uma água para mim. Você quer alguma coisa? – Ele pergunta para Yasmin. Ela levanta o olhar para mim.
– Uma água também, por favor. – Ela me olha com um vazios nos olhos.
– Vim desprepara. – Olho para Henrique sem graça. Ele tira uma nota de cem reais e me entrega. Olho para ele com "Você só tem esse trocado?" mas novamente me contenho e não falo nada.
A cafeteria do hospital fecha a meia noite. Ou seja tenho que sair do hospital e atravessar para o outro lado da grande avenida. Cara, deve ser no mínimo uns 12 metros de largura da avenida. E o pior: uma conveniência em um posto de gasolina. Não, não espera, está cheio de carros com sons altos e homens com bebidas em mãos.
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Um amor além de flashes
RomanceDeterminada, sonhadora, irritante e dona total de si Helena viaja para Barcelona para estudar durante um mês com intensão de melhorar seu currículo e melhorar seu histórico profissional. O que ela não esperava era que ia melhorar também seu históric...