Livro 2 - Capítulo 13

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"Quando mudamos a nossa mente e temos uma transformação interior, algo radical acontece no exterior, porque, ao buscarmos resultados diferentes, não podemos continuar fazendo as mesmas coisas"  – 21 dias para transformar sua vida.

Eu e minha babá - que no caso era a Alice, chegamos ao restaurante cinco minutos antes da hora marcada por Norma Lanst. Eu olhava pela janela o restaurante grande e aberto, minha barriga está como se eu fosse andar de montanha russa.

Mais um momento doido: Vou almoçar com uma pessoa que nem faço ideia de como seja. Pelo meu nervosismo eu suspeitava que eu estava como uma criança obrigada a fazer as coisas que os pais querem.

– Quer que eu vá junto? - Alice vira os olhos para mim.

– Acho que tenho que fazer isso sozinha. – Murmuro. – É uma diretora o que pode ser ruim? – Minha voz sai mais nervosa que o normal. Olho no relógio do painel do carro e minha hora já tinha chegado.

– Boa sorte. – Olho para Alice que esta com o polegar direito levantado para mim.

–Obrigada. – Fecho a porta do carona com um cuidado desnecessário.

Dou o meu nome para a recepcionista simpática que me conduz até uma mesa de dois lugares nos fundos do restaurante com a vista para cidade de Barcelona. Fico mais uma vez admirada com a linda cidade, que de um jeito estranho eu estava me apegando tanto.

–Olá Helena. – Uma mulher de uns quarenta anos, falando um português pouco fluente para ao lado da mesa. – Muito bom ver você de novo. – Levando descoordenadamente.

– Muito bom lhe ver de novo Sra. Lanst. – Ela me da dois beijos no rosto e se senta na cadeira a frente da minha.

– Por favor somente Norma, já nos falamos antes. – Concordo com a cabeça um pouco falsamente. Nem tanto porque na verdade eu já falei com ela só não me lembro.

–Ok, Norma. Não lembrava que falava com certa fluência o português. – Ela ajeita sua bolsa incrível e cara atrás da cadeira.

– Quando se é diretora de uma revista tão importante você não pode se dar ao luxo de falar somente um idioma. – Olho para ela com mais calma, ela parecia uma mistura de semelhanças entre Cruela Cruel e Miranda Priestly de O diabo veste Prada. – Você fala outra língua além do português e o catalão?

– Eu na verdade não falo catalão, acho que arrisco na verdade. – Coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha. – Falo inglês fluentemente, fiz curso praticamente a vida toda.

– No baile você me pareceu falar quase fluentemente. – Questiona-me.

– Andei praticando. – Sorrio nervosamente.

– Claro. – Ela sorri simpaticamente. – Bom minha querida eu queria primeiramente me desculpar pela postura intolerável de minha ex-assistente.

– Com certeza não foi uma cena muito agradável. – Minto. Ou não?Ah sei lá, se sai correndo como uma louca e me acidentei deve ter sido ruim.

– Garanto-lhe que sim. Naquele dia eu queria marcar este almoço, mas o sinal de telefones por causa do mau tempo daquele dia não era dos melhores. – Sua irritação com a companhia telefônica era clara.

– Depois de tantos dias, estamos aqui e os celulares funcionando. – Ela sorri assentindo com a cabeça.

– Não que eu queira ser indiscreta, atrapalhei algo ontem quando liguei? – Uma sobrancelha sobe após a pergunta.

Ela deve estar falando de mais uma discussão minha com Henrique.

– Somos como qualquer outro casal. – Falo sem emoção.

Um amor além de flashesOnde histórias criam vida. Descubra agora