Livro 2 - Capítulo 27

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Tudo estava em seu devido lugar e por causa disso eu estava até assustada. Meu emprego dos sonhos estava cada vez melhor e eu estava cada vez mais satisfeita e feliz, minhas amizades são as melhores do mundo, Henrique é o melhor de todos os namorados e minha família no Brasil estava muito bem.

Gosto de sentir essa estabilidade emocional, me sinto muito mais confiante agora do que quando cheguei de volta a Barcelona.

Olho fascinada para Henrique fazendo embaixadinhas e brincando com a bola da Adidas que é a oficial da copa do mundo, sua habilidade e seu conforto com a bola eram impressionantes, ele parece um menino brincando com seu brinquedo favorito. Pego meu celular e começo a filmar suas proezas onde agora ele colocava a bola as costas e fazia giros junto com a bola.

– Você é incrivelmente bom. – Declaro.

– Jura? Será que eu poderia ganhar o titulo de melhor do mundo? – Ele faz uma cara de cão sem dono.

– Pare de chorar, até parece que você não é o atual campeão do mundo. – Largo o celular do lado da cadeira que se pode deitar.

– Mas quando eu ganhei você não estava lá e esse ano eu pretendo ganhar com você me vendo ao vivo. – Ele me da um beijo no rosto e eu coro.

– Então amanhã é o próximo jogo e quero ver você fazer três gols. – Eu o desafio.

– Está apostando comigo? – Seu olhar é puro divertimento.

– Quase isso.

– Então não faça porque da última vez que apostamos você perdeu e foi parar em outdors da Calvin Klein. – Lembro de quando eu vi a grande foto no alto de um dos prédios na minha cidade.

– Acho que vou apenas desafiá-lo então. – Concluo.

– Seria uma pena porque eu ia amar apostar com você de novo.

– Daqui a três dias vou para o Brasil e a gente só vai se ver daqui a vinte dias. – Coloco o notebook de lado e encosto a cabeça na cadeira.

–Sabe que eu estou odiando isso não sabe? – Ele bufa.

– Ei, ainda somos eu e você. – Lhe dou um beijo no canto da boca.

– Só por isso que eu estou tentando me manter forte para ficar longe de você.

*

Tanto Henrique quanto Marcelo insistiram para eu e Martina ficássemos nos camarotes só que hoje eu estava querendo sentir a torcida e me misturar um pouco e Martina havia adorado minha ideia. Quando entrei no estádio a primeira coisa que eu quis fazer é comer um pastel que todos comentam sempre. Sem hesitar comprei um de carne já que eu estava salivando por ele.

– O único problema é que minha barriga está crescendo. – Colo minha camisa dez autografada no corpo.

– Deve ter alguém ai dentro isso sim. – Martina fala rindo e eu congelo por dentro e dou um sorriso amarelo.

– Só se for uma lombriga. – Ela pende a cabeça para trás e gargalha.

O estádio estava lotado, pessoas pintadas e com bandeiras riam e se divertiam em um domingo ensolarado da primavera, e agora eu posso sentir o que é a torcida do grande Barcelona, uma pena já que eu vou ser da torcida rival na próxima temporada.

O primeiro tempo estava equilibrado, Henrique sofreu algumas faltas duras e por várias vezes sentiu a coxa esquerda o que é relativamente ruim a um mês da copa do mundo, sendo ele um dos protagonistas da seleção brasileira.

Um amor além de flashesOnde histórias criam vida. Descubra agora