Naruhina: Antes De Você

Prazer, Hinata Hyuuga

Cinco anos atrás...

(Narrado por Hinata) 

- Hinata minha linda hora de acordar, você tem violino hoje.

Escuto minha babá Nami chamar por mim é dia da aula de violino o meu dia favorito da semana. Tomo um banho e faço minha higiene agora com ainda mais capricho tenho quatorze anos e ja sou uma mocinha, quando menstruei no mês passado fiquei assustada achei que estava tendo uma hemorragia interna e ia morrer mas a Nami me explicou. Vocês devem achar que não tenho mãe viva mas na verdade eu tenho mãe e pai mas na nossa família não conversamos sobre esses assuntos até os dezoito, as vezes eu aproveito o tempo extra na escola pra pesquisar assuntos relacionados a questões femininas como por exemplo puberdade, assim quando minha mana Hana agora com dez anos tiver a minha idade eu vou poder ajudar como uma boa irmã mais velha. 

- Ja está pronta amorzinho? 

- Estou sim Nana. 

É assim que chamo minha babá que pra mim é como se fosse minha verdadeira mãe, eu adoro quando ela penteia meu cabelo e coloca o laço vermelho com a perola foi um presente que ela me deu de aniversário uso desde os meus nove anos com muito orgulho. 

- Amorzinho tome seu café bem quietinha está bem o senhor Hiashi não está de bom humor hoje e obedeça dona Mio em tudo.

- Está bem Nana. 

- Hina! 

- Hana!

Hanabi minha irmãzinha ja invadiu meu quarto ainda de pijama, mas tudo bem com ela meus pais nunca brigam e eu fico feliz com isso. 

- Nana eu posso brincar com a Hina?

- Depois botãozinho sua irmã tem violino hoje. 

Hanabi faz um muchocho Nami nos leva pro café meus pais ja estão aguardando, só faltou meu irmão mais velho Neji mas ele saiu de Tókio pra morar em Londres a quase um ano. Eu não me lembro muito bem mas papai ficou muito nervoso e minha mãe chorou muito. 

- Bom dia papai, bom dia mãe.

- Bom dia Hinata. 

- Bom dia.

- Papa, bom dia!

- Bom dia filhota, ainda de pijama mocinha? 

- Desculpe senhor Hiashi ela não quis por o uniforme de jeito nenhum.

- Não tem problema Nami, Hinata se apresse com o café não tolero atrasos. 

- Sim senhor. 

Começo a tomar o café em silêncio, nossa família além de tradicional é muito rígida com horários. Olho brevemente pra minha mãe ela é sempre calada mas hoje parece mais séria que o normal. 

- Mãe...

- Diga Hinata. 

- Ja consigo tocar a sonata Moonlight de Beethoven no violino sem errar. 

- Que bom minha filha, afinal pra isso pagamos tão caro nas suas aulas. 

Dou um sorriso largo, qualquer menção de orgulho vindo da minha mãe ainda que pequena enche meu coração de alegria, eu já estou acostumada com o jeito fechado e discreto dela assim como meu pai Hiashi e está tudo bem. 

- Acabei posso me retirar papai? 

- Um momento, já que dominou a sonata de Beethoven quero que toque hoje durante o almoço, a família Otsutsuki virá pra formalizar o compromisso entre Toneri e a Hanabi.

Minha cabeça começa a girar sinto o café da manhã querendo voltar e uma revolta crescer dentro de mim mas sou obrigada a engolir, de família tradicional fui criada pra obedecer e aceitar as decisões do patriarca ainda que minha opinião seja diferente. Hanabi só tem dez anos mas já está sendo preparada pro casamento daqui oito anos com alguém da poderosa família Otsutsuki mais precisamente Toneri Otsutsuki herdeiro do petróleo. 

- Hiashi querido não acha que podemos esperar um pouco mais? Afinal a Hana...

- Já conversamos sobre isso Mio, nossas empresas não estão bem das pernas e os Otsutsuki são a salvação da nossa família e nossa filha. Faço isso pela Hana e não há mais oque discutir assunto encerrado. 

Meu pai se levanta da mesa beijando o topo da cabeça da minha mãe e acariciando o rosto da Hana, pelo pouco que consigo pegar das conversas dos meus pais a empresa está correndo sério risco de fechar as portas, a família Hyuuga era a primeira no país no ramo da tecelagem mas com a chegada das empresas ocidentais a competição ficou acirrada ao menos era isso que eu entendia. Por isso um casamento arranjado é o ideal eu fiz de tudo pra ficar no lugar da Hana mas não sou boa o suficiente por causa dos meus olhos mas essa parte da história conto depois, não posso me atrasar pra aula de violino.

...