O MAPA PARA DURAND

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Continuação PARTE UM. Capítulo 93: FEITO UMA ENXADA CAVANDO O SOLO

CAMILA UNDERWOOD:

[...] Pude avistar de longe um caminhão imenso saltar de trás dos arvoredos que acompanhava a estrada e ultrapassar a barra de proteção da via em completa velocidade, estraçalhando-a na hora.

A colisão contra a nossa caminhonete foi inevitável.
[...]

- Muito obrigado por ter voltado, moça. Outra pessoa teria nos deixado para trás para morrer. Você deve saber melhor do quê ninguém como as coisas andam por hoje em dia. - O velhote do outro lado sorria debilmente. Por algum motivo ele parecia estar contente com alguma coisa.

Quase deixamos seu parceiro escorregar e cair contra o chão, mas por sorte eu fui ágil e firme ao agarra-lo mais uma vez e seguir com o nosso caminho.

Teria sido uma tarefa fácil se o seu parceiro em questão estivesse pelo menos no mínimo acordado.

- Era exatamente o meu plano deixar vocês para trás. Você destruiu minha caminhonete e quase matou o meu amigo e eu na colisão. - Fui rude ao respondê-lo.

Por sorte, Justin e eu saímos intactos de dentro da caminhonete. Tivemos apenas alguns arranhões e cortes não muito profundos. Mas perdemos a caminhonete e quase morremos carbonizados com todo o fogaréu que tomou conta daquele pedaço da estrada.

Com toda barulheira, fumaceira e as chamas altas feito um arranha céu, foi inevitável um ataque zumbi. Eles que vieram de todas as direções famintos e sedentos por carne humana.

- Mas não o fez, significa que é uma boa pessoa. É tão raro quanto um Berilo vermelho. - O velhote ainda mantinha aquele sorriso débil irritante nos lábios. Homem branco, barbudo e com um sotaque francês muito forte. Ele não deveria ter mais de sessenta anos. Pela placa do caminhão deveria ter vindo de longe.

Washington D.C.

Nos dias em que estamos, se misturar ou ajudar desconhecidos se tornou tão perigoso quanto a mordida zumbi. Nunca sabemos com certeza quem realmente é a pessoa do outro lado.

Mas ainda assim, por puro instinto talvez, mudei o trajeto da minha fuga com o Justin e fui ajudar dois estranhos a beira da morte.

O caminhão deles encontrava-se tombado para o lado, praticamente tomado pelo fogo e rodeado por dezenas de zumbis. Eu até mesmo pensei, mas no fim não pude deixa-los para trás para morrerem daquela maneira tão brutal. Mesmo que fosse uma regra importantíssima de sobrevivência.

Eu fui tão ardilosa quanto habilidosa quando arquitetei e desenvolvi um plano que livrasse os dois homens daquela confusão de zumbis, caminhão tombado e fogaréu, tendo grande êxito no final.

- Baruel e eu ficamos muito gratos a você e seu amigo. Graças a vocês vamos ter a chance de voltar para casa vivos.

Justin foi excelente quando tirou todos aqueles cadáveres de perto do caminhão e me abriu passagem para conseguir tirar os dois homens ilesos de dentro do caminhão.

É ele quem faz a escolta enquanto eu e o "velhote" carregamos o seu parceiro desacordado.

- Deveria se certificar de que o seu parceiro está realmente vivo e falar menos, o quê acha? - Desdenhei.

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