CAMILA: RECAÍDA! ( Parte Três )

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[...]

Laboratório S.C5, Flórida

Algo gélido percorreu o seu estômago no momento em que o elevador estacou e abriu-se por completo. Agora apenas precisar enfrentar o que seja que vier, adentrar um elevador gigantesco de portas brancas para finalmente chegar ao subterrâneo — onde tudo acontece.

Ao colocar o seu primeiro pé para fora do elevador pode ter a visão completa daquele andar, um espaço gigantesco — igualmente ao andar que há minutos esteve — repleto de mesas com computadores para todos os lados, como num daqueles escritórios de editoras de livro ou contabilidade. Sentindo-se um pouco incerta, Camila uniu as sobrancelhas, um escritório como esses seria a última coisa que esperava em horas como essas.

O elevador atrás de si fechou-se.

Ao notar o silêncio e a quietude, indagou que ali não haveria zumbis. E se caso houvessem, certamente já teriam atacado-a no momento em que sairá do elevador, mas felizmente nada disto aconteceu. Encontra-se quase desarmada, mantém presa em si apenas duas pistolas de cano cerrado que resolveu usar em outro momento, sabe que com zumbis pode se virar com uma faca ou até com as suas habilidades recém adquiridas.

Deu quatro novos passos e então percebeu que não encontrava-se sozinha. De canto de olho pode perceber uma movimentação à direita, no momento em que virou a cabeça para certificar-se de que aquilo não fosse algum tipo de zumbi geneticamente modificado, deu de cara com um grupo de vários homens armados encarando-a prontos para um ataque.

"Puta merda!"

Tendo perfeito entendimento de que contra esses homens ricos em poder de fogo e treinamento hostil não teria chances alguma, Camila resolveu se render virando-se completamente para eles com as suas duas mãos livres pelo ar.

E Respirou fundo.

Atentos na mais recém chagada, os serventes treinados deste laboratório mantinham suas diversas armas apontadas em direção a Camila. Após longos segundos de silêncio e hesitação por ambas partes, o líder do grupo resolveu pronunciar-se.

Em alguns passos hesitantes aproximou-se. Veste-se igualmente ao esquadrão de bombas americano, traje totalmente preto, coberto por um pano grosso de difícil penetrabilidade.

- Ela não se parece com um dos zumbis, chefe. - Murmurou um dos homens.

Foi repreendido no mesmo instante.

- Silêncio Melchior! Estamos frente ao inimigo hostil. O laboratório encontra-se em estado de emergência, não se pode confiar em qualquer um. - Rosnou o líder, tão próximo como nunca de Camila. Ao menos desviou a atenção da menor.

Camila pode sentir a hesitação vinda de si.

- Eu não sou um zumbi. - Murmurou Camila, num tom dócil, como se fosse uma criancinha inocente.

Demonstrando grande surpresa a suas palavras, o líder, juntamente dos seus homens, deram um passo para trás e alarmaram-se diante a ela.

- Eu sou humana, igual a vocês. Não sou um zumbi! - Afirmou.

Ao ouvi-la, o grupo de homens aparentemente tranquilizaram-se, Camila pôde afirmar isto ao notar o semblante carregado do líder desaparecer.

Algo veio a sua cabeça.

Demonstrando certa tranquilidade, Camila virou-se para o tal líder.

- Eu vou precisar de todas as suas armas. Irei prendê-la até que a situação se estabilize, por precaução. - Tomando uma posição reta, de forma que demonstrasse grade superioridade perante Camila, o homem aproximou-se ainda mais dela e agindo igualmente a um policial colocou as suas mãos para trás prendê-la. - Melchior. - Chamou a atenção do jovem que observava toda a cena bastante atento. - As armas dela. - Apontou usando a cabeça, pronto para amarrar as mãos de Camila.

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