Hurt! Attack Zombie

SETE VIDAS!

POV JUSTIN BIEBER:

O meu pescoço doí, o meu corpo doí, tudo em mim doí. Eu sinto raiva e revolta. Não posso crer no que está acontecendo.

Desde que me sentei sobre a calçada suja da longa avenida de Jacksonville não movi um centímetro se quer. Eu passei maior parte do tempo com a cabeça curvada em direção ao chão, pensando em mil coisas e observando os cortes em minha mão, os cortes que garanti numa incansável luta contra os malditos zumbis.

Os meus olhos deslizavam sobre sobre a minha mão esquerda, inchada e coberta de sangue seco de zumbis, quando um morto-vivo deu um fim no silêncio que reinava a minha volta. Obrigando-me a levantar a cabeça, avistei o que parecia um ex-executivo andar desajeitadamente no meio da avenida enquanto grunhia alto.

Sem que uma palavra se quer saísse de mim, avisei ao restante do grupo com apenas um olhar que eu não levantaria para executar ele. Foi como num dominó, eu olhei para o Jimmy, e lá de cima do capô de um carro qualquer deu de ombros, passando a vez para o Bernard, que por sua vez passou para o Carl, que passou o Shawn e então para a Lauren.

Ela bufou.

Ela largou a pistola que segurava sobre o teto do carro, a mesma que veio incansavelmente desmontando e remontando sem motivo algum, revirou os olhos e iniciou a caminhada em direção ao zumbi.

- Vocês são tão preguiçosos! - Rosnou.

No meio do caminho, à poucos passos do zumbi, ela pegou do chão uma barra de ferro e sem paciência alguma atirou-a em direção a cabeça do zumbi. Não houve muitos esforços por parte da Lauren, em questão de segundos o morto-vivo já se encontrava estirado sobre o chão agora definitivamente morto.

Por fim, Lauren largou a barra de ferro sobre o chão e retornou com o que fazia.

Carl quem foi que quebrou a tensão formada em nosso meio ao começar a rir e apontar para a Lauren. Ele simplesmente acha cômico esse jeito rabugento dela de ser.

Minutos se passaram, a tensão e o silêncio já não existia mais entre nós.

O laboratório no qual o Jimmy havia nos levado já não existe mais, estamos perdidos e sem recurso algum. De início foi meio que desesperador, pensar que há chances de a Camila estar morta debaixo daqueles escombros ou presa numa sede com diversos tipos de cientistas estudando-a, foi assustador pensar que além de estarmos há quilômetros de casa e longe de tudo o que conhecíamos a viagem foi em vão. Mas agora, a realidade é outra e temos novos problemas a enfrentar, não há nada mais a ser feito pela Camila, e mesmo que ter de ficar dessa forma sem respostas seja desesperador, é a hora de seguirmos a diante. Fizemos o possível por ela.

Enquanto uns apenas trocam algumas idéias, outros planejam um plano de ação. E eu? eu me encontro perdido no meio de tudo isso, tão vulnerável quanto nunca estive.

- Justin? - Ouvi alguém me chamar. Era o Carl. - Você está legal cara? - Perguntou aproximando-se. Ele sorriu fraco, e sentou-se ao meu lado.

Em resposta a ele eu concordei usando a cabeça.

Ele respirou fundo antes de começar a falar.

- Estamos planejado a nossa saída.. O Bernard convidou a todos para ficar na fazendo do seu pai. É afastada e protegida, é um bom lugar. O que acha?