CAMILA: QUERIDO JESUS.. ( Parte Cinco)

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[...]
Centro da cidade, Jacksonville

Sem que tirasse os seus olhos da aeronave tombada sobre o chão a metros de distância à sua frente, Camila desligou o carro e saiu de dentro dele com certo receio, e bastante atenta nos zumbis famintos que rodeavam o jatinho.

Ela pressionou a faca com firmeza contra a sua mão direita arquitetado em sua cabeça a melhor maneira de derrubar aqueles zumbis fazendo o mínimo barulho possível e de forma que saísse viva daquela, o seu corpo ainda doí por inteiro e sente-se exausta, derrubar seis zumbis não será uma tarefa fácil, não depois do longo dia que teve.

Ela respirou fundo preparando-se mentalmente para o ataque aos zumbis e murmúrou algo como "Vamos acabar logo com isso".

Não havia muito o que fazer, não eram mais do que cinco ou seis mortos-vivos, uma bela distração resolveria tudo. Pensando nisto, Camila observou a sua volta com atenção, e notou os arredores daquela avenida repleta de edifícios enormes um tanto solitária, resolveu que não usaria a sua arma ou qualquer outra coisa barulhenta por temer a aproximação de mais zumbis. Assim como Nova Iorque, Jacksonville é uma cidade populosa e fora pega de surpresa pelos mortos-vivos, a cidade pode até parecer estar mais calma, mas quando a noite cair e os mortos estiverem mais ativos, a coisa não ficará nada boa.

Ela tocou a buzina do seu carro por pelo menos duas vezes, e quando percebeu ter a atenção de todos os zumbis caminhou para trás aguardando o primeiro ataque de qualquer um deles.

Há alguns passos do seu carro, fincou a faca no topo da cabeça de uma morta-viva totalmente desajeitada e magrela que arrastou-se em sua direção com agilidade. No momento em que a faca pontiaguda de apenas dez centímetros de Camila atravessou o seu crânio, o zumbi que um dia foi uma bela mulher e certamente uma pessoa importante, deu o seu último grunhido, revirou os olhos e caiu sem vida sobre o chão.

Com o restante dos outros zumbis não foi diferente, Camila planejou as melhores maneiras de derrubar aqueles mortos-vivos de forma que não fosse encurralada por eles ou que se cansasse facilmente.

A cada dia que passa os zumbis vão ficando cada vez mais podres e lerdos, dando uma vantagem à mais a qualquer ser humano que tenha que lidar com algum deles.

Camila sentiu-se aliviada ao término da execução, cansada da forma que está, é um milagre ainda estar de pé. Precisa dormir, e nem que seja por poucas horas, se desligar deste mundo.

Sem interesse algum, observava o último zumbi que derrubou, desejou que aquela fosse a parte difícil, não pode evitar sentir medo desse novo "eu" da Haizel, sabe que a pessoa que está presa naquela aeronave é fria como um icebeg e que não hesitara em usar a sua força contra ela. Camila já não aguenta mais brigas, já não aguenta mais ver sangue, e não vai aguentar mais uma luta com a Haizel.

Bem que essa história poderia ser apenas um mero pesadelo.

- Você tem sorte de estar morto. Viver doí mais, muito mais.. - Disse diretamente ao zumbi, como se ele pudesse ouvi-la, ou até mesmo responde-la.

Ela não seria a primeira pessoa ou a última a dizer coisa semelhante a um zumbi, é desta forma que todos os restantes sobreviventes deste apocalipse sentem. Morrer não é a pior coisa que pode acontecer a alguém e isto é um fato.

Ainda pensativa, Camila arrastou o bico da sua bota sobre o sangue escuro do zumbi que escorria sobre o asfalto em grande quantidade e com velocidade. Mil coisas se passava pela sua cabeça. Pensava em Louis, e em como ele foi astuto durante todo aquele tempo, pensava na sua madrinha de casamento e melhor amiga do Louis, Taylor, e em como ela tentou acabar com a sua vida.

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