CAMILA: CONDENAÇÃO ( Parte Um )

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Inspirado em Resident Evil 4: Recomeço


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Laboratório S.C5, Flórida

O silêncio juntamente da quietude da sala aterrorizam Camila, ela mal consegue evitar estremecer da cabeça aos pés ao ouvir qualquer som emitido que seja, mesmo que seja nada, mesmo que seja apenas algo emitido por si mesma. Está assustada como nunca esteve, apavorada e horrorizada, como quando teve de lutar contra os zumbis durante as primeiras vezes. É um pesadelo no qual pede a os céus em prantos para que despertem-na.

Não fazem mais de dez ou quinze minutos desde de o último ataque, as batidas do seu coração ainda se encontram frenéticas, tão aceleradas a ponto de escapar do peito.

A todo momento pressiona os seus olhos bem fechados por medo de abri-los e deparar-se com mais surpresas, ou zumbis. O seu plano é continuar ali, imóvel. Está cansada demais para lutar, para sobreviver, para dar a sua vida a estranhos que apenas lhe desejam o mal. E tanto faz se um zumbi aparecer e devorar-lhe por inteira, está presa, não há motivos para o que lutar.

Está esgotada.

Para a sua própria surpresa, atreveu-se em abrir os olhos, de maneira lenta e hesitante. Respirou fundo. Resquícios do seu choro baixo eram revelados a medida que libertava o seu rosto dos braços. Desde o momento em que caiu por cansaço de joelhos e deitou-se sobre o chão em posição fetal após mais ataques de zumbis, não moveu um centímetro a mais, decidida a acabar ali, naquele chão frio e mórbido.

Camila não faz idéia das horas ou desde quando está ali, a única coisa que sabe é o que os seus olhos puderam ver: nada mais do que uma sala gélida e vazia recheada de cabines com zumbis dentro. Quando abriu os seus olhos já estava lá, deitada sobre o centro daquela sala e vestida com roupas que nunca teria visto em toda a sua vida - como a Angelina Jolie em Lara Croft - enquanto era rodeada por dez mortos-vivos famintos, armada apenas com a "porcaria" de um revólver de pequenas dimensões com capacidade de apenas sete cartuchos. Como poderia ela com tantos zumbis sendo tão inexperiente e despreparada?

Bem, ninguém saberia. Inexperiente ou não, nada impediu que aos poucos aquelas cabines fossem "magicamente" abertas. Camila teve que se virar nos trinta se não quisesse ver todos os seus pedaços serem arrancados e devorados até a sua morte. E como uma verdadeira sobrevivente ela lutou, estourou e estraçalhou a cabaça de todos aqueles zumbis de todas as formas possíveis em prol da sua sobrevivência, tornando-se irreconhecível até para si mesma. Seja lá quem fosse, não a veria morta tão cedo.

E mais uma vez, respirou fundo.

Camila engoliu de uma vez só toda a saliva acumulada dentro da sua boca, ela observava os mortos espalhados pelo chão e alguns cantos da sala para ter certeza de que mais surpresas não estariam por vir. Se levantava cautelosamente do chão tentando manter-se atenta. As suas mãos tremiam, o seu coração batia fortemente - certamente qualquer barulho emitido ali poderia matá-la do coração.

Ela não poderia evitar, sentia medo.

Os seus joelhos ainda encontravam-se dobrados e encostados sobre o chão quando algo inusitado aconteceu, e mesmo que estivesse sentindo-se um por cento a mais segura, não pôde evitar dar um salto abruptamente, ela avançou em direção ao revólver vazio sobre o chão e apontou-o para qual direção o seu cérebro mandasse.

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