NAQUELA NOITE

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Estados Unidos, Boston
Residência Tomlinson's
4:26 AM

Point Of View: Justin Bieber

- Ei! Camila, fala comigo. - Pedi em tom alto. Eu tentei não demonstrar o meu nervosismo enquanto tentava reanimar ela nos meus braços.

Passei algumas das mechas do seu cabelo para trás da orelha para dar liberdade ao seu rosto.

Ela está fervendo de febre e mal consegue se manter de olhos abertos. Já passamos por isso, mas a cada recaída ela piora mais.

- Me diz o que você está sentindo.

Passei meus dedos sobre o seu rosto pálido. Ela engoliu em seco e tentou respirar fundo, já que a mesma parecia respirar com dificuldade.

Hoje, a última coisa que eu imaginaria seria que ela passaria por um desses mal estar de novo. Eu não entendo, estava indo tudo bem, esses últimos dias ela andou muito bem e disposta. Eu definitivamente não entendo.

Talvez possa ter sido o vinho..

Eu estava prestes a ir me deitar quando ouvi o barulho de algo se quebrar e em seguida alguns grunhidos vindos do andar de baixo, então desci para saber se estava tudo bem. Eu senti um frio na espinha por pensar na hipótese de ser algum zumbi — e apesar de não sentir um pingo de medo deles, eu sei o quanto eles podem ser perigosos.

Mas, para o meu alívio não era zumbi algum.

Próximo ao balcão, franzi o cenho ao notar a garrafa quebrada sobre o chão, mas logo então a minha atenção foi imediatamente em Camila que estava jogada sobre o chão parecendo criar forças para se levantar.

Se as coisas continuarem assim eu nunca vou conseguir sair de perto dela, toda vez que eu me viro algo inusitado acontece, seja zumbis ou alguns dos seus mal estar. Eu tenho vários motivos para ir, eu preciso ir, mas droga, como eu abandonaria ela? Nem que eu fosse totalmente de pedra.

Tenho coisas a fazer, e pessoas para encontrar. Eu preciso que ela melhore logo para que eu consiga seguir a minha vida.

Eu não posso ficar de babá a minha vida inteira.

Antes de ir eu preciso saber que ela vai estar cem por cento bem para prosseguir sozinha. Não se abandona nem um animal indefeso quanto mais alguém numa situação como a dela.

- O que tanto fizeram com você? - Observei Camila murmurar algumas palavras enquanto esforça-se para se levantar.

Eu não queria, mas estou preocupado.. até mais do que eu deveria.

- Na prateleira de cima do banheiro estão aqueles remédios que estávamos procurando no hospital, traz eles para mim, por favor. - Camila ainda estava de olhos fechados, a parte inferior da sua boca estava perdendo a cor.

Concordei vendo-a abrir olhos com dificuldade.

Com cuidado a encostei sentada sobre o chão próxima ao balcão, aos poucos eu via ela recuperar as forças.

Depois de concluir que ela ficaria bem, em passos largos subi até o andar de cima e caminhei em direção ao seu banheiro. Sem delongas, adentrei-o e fui em direção as prateleiras de vidro sem nem mesmo reparar no lugar, dei total atenção a ela me sentindo um tanto desestabilizado com a grande quantidade de remédios que via.

Não me lembro de ver tantos remédios assim desde a última vez que visitei a minha mãe em uma casa de repouso no Canadá.

Para uma enfermeira de apenas vinte e cinco anos é bem preocupante.

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