JUSTIN BIEBER:
MEADOS DE MARÇO, UM DIA ANTES DO ATAQUE AO LESTE DOS EUA
Pronto para atirar os pulmões sobre o próprio colo, um presidiário sentado na poltrona atrás de mim tossia desesperado e sem cessar como se não houvesse amanhã.
- Pega leve aí atrás, o da tuberculose, esse ônibus ainda tem que chegar no Canadá. Colchões duros e mictórios fedidos me esperam.. - Com um sorriso zombeteiro no canto dos lábios, um careca mal encarado comentou, ele está ocupando um dos assentos próximos a mim, só que desta vez em outra fileira. Por fim deixou algumas risadas altas escapar seguida de tosses secas.
Esse cara veio falando besteiras a viagem toda e não ficou em silêncio um segundo se quer, eu tenho certeza de que não sou o único a pensar que ele consegue ser mais chato que as tosses altas e quase engasgadas do outro cara.
E para ser sincero, ela não me incomodou em um momento se quer.
O tal presídiario retornou a tossir sem dar a mínima.
- Ele parece doente, não concorda? - Pude ouvir o homem sentado ao meu lado perguntar.
Desde que adentrei esse ônibus não fiz nada além de analisar de cabeça baixa as minhas algemas e em silêncio, e seria dessa mesma forma que eu iria continuar.
Dessa forma não haveria respostas por minha parte.
- Eu era enfermeiro no Brooklyn. - Mesmo que eu não quisesse ou pensasse em olhar em sua direção, sabia que ele me observava com atenção, e aquilo me incomodava. - Não era fácil, sabe..? As situações dos hospitais eram ruins, sem contar nas chances de um dia eu acabar morto por uma bala perdida. - Deixou uma risada débil escapar. - Então eu desisti, joguei tudo fora e parti para a vida mais fácil, é por isso que estou aqui.. E você? Você não parece bem o cara que rouba mercearias em esquinas.
Mentalmente eu balancei a minha cabeça negativamente e suspirei exausto, porquê era o que eu queria fazer naquela hora. Ele parece ser um cara legal e certamente alguém que se podedia ter uma conversa decente, mas o fato ali era que eu não dava a mínima e não queria saber, eu apenas queria ficar na minha e poder ter um mísero dia de paz. A minha vida já estava uma droga o suficiente, ficar de amizade com um presidiário só faria com que eu me sentisse ainda mais péssimo comigo mesmo. Paz era tudo o que eu queria.
Houve um breve silêncio, este que fora quebrado pelo esbravejo de alguém bem atrás de mim.
- Que merda é essa?! Ele está morto! Ei!
Não podendo evitar, desviei a minha atenção dos meus pulços presos a algemas e me coloquei a observar bastante curioso o que acontecia logo atrás.
Algo de sério havia acontecido com o tal cara que não parava de tossir, ele apagou de uma hora para outra e caiu inconsciente.
Não demorou para que os políciais viessem correndo socorrer o homem, eles tentaram o reanimar mas não tiveram sucesso.
- Eu era enfermeiro no Brooklyn. - Disse mais uma vez o presidiário ao meu lado demonstrando prontidão a ajudar.
Ele foi repreendido na mesma hora por um dos políciais.
- É melhor ligar para a emergência. - Comentou um dos políciais. - .. Ele está sem pulço.
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Hurt! Attack Zombie
FanfictionHORROR STORY | Esta é a história de duas almas feridas que lutam para superar os seus infernos pessoais num mundo destruído. Em um dia, Camila era apenas uma enfermeira cuja vida girava em torno de um hospital e de seus fantasmas pessoais. E no ou...