URSINHO CARINHOSO ( Aguardando atualização* )

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POV: JUSTIN BIEBER

E mais um suspiro saiu de mim.

Eu só não queria estar sentindo tanto, não queria mesmo. Droga. Eu só quero socar mil vezes este volante até a minha raiva desaparecer. Eu sabia que uma hora eu iria fraquejar, eu sabia. Que droga de mulher. Eu vi todos os sinais e ignorei. Agora ela está mexendo com a minha cabeça. Eu estou com tanto ódio de mim.

Talvez eu esteja mais magoado do que irritado. Mas não importa.

Eu gostaria de me entender.

Agora ela está lá, brava. E eu aqui, sentado em frente a esse volante igual um idiota. Por que eu estaria me importando tanto com o que ela pensa sobre mim ? Eu nunca fui de me importar. Eu nunca fui de fazer muitas coisas, as coisas nas quais ela me obrigou a fazer. Eu simplesmente não me reconheço.

A Camila já está mexendo comigo. E era tudo o que eu menos queria.

- vamos Justin, liga esse carro. - murmurei para mim mesmo. Meus olhos estão fixos na estrada à minha frente. Agora a passagem está livre, eu tirei o restante dos carros do caminho me liberando o corredor. Eu só não tenho a certeza de que sairei daqui. Eu quero. Mas não sei se consigo, eu preciso muito dela. Eu sou um fraco. - seus amigos estão esperando você. Eles também precisam de você. Eles sim o conhece.. você não precisa e não tem a obrigação de estar aqui. È um monstro, se lembra ? - a essa altura eu já me encontrava apertando o voltante com força, a ponta dos meus dedos já chegava a uma entonação branca. E eu sentia vontade de aperta-los ainda mais.

Como ela pôde ? Como ela pôde ficar contra mim e dizer aquelas coisas ? Eu admito, eu me exaltei um pouco e deixei o sangue subir mais do que o devido mas a culpa não foi de fato totalmente minha. Mas de qualquer forma, a Camila deveria pelo menos tentar me entender, não agir cegamente. Ross está melhor agora. Eu fiz a coisa certa.

Por que ela tem que ser tão.. tão ela ?

E então, bufei alto me sentindo irritado.

Enquanto ainda refletia na minha situação fui soltando de maneira hesitante as minhas mãos do volante. Eu ainda estou agitado, qualquer atitude minha pode sair mal pensada e mais erros na minha carteira no momento não seria algo apropriado. Eu só preciso dar um tempo e ter um tempo para mim.

Ainda pensativo sobre os meus próximos passos, passei a mão direita sobre os meus cabelos e então me deitei sobre o banco. Eu senti o meu corpo por inteiro relaxar, e para que casasse com o momento me coloquei a respirar fundo e com grande calma.

Tenha calma Justin.

Entre uma respiração lenta e outra eu brincava com um dos meus anéis do dedo anelar esquerdo enquanto me mantinha perdido em meus pensamentos. Eu teria ido longe. Tanto que mal percebi um certo alguém se aproximar. A porta do carona foi aberta me arrancando dos meus devaneios, levemente assustado me sentei sobre o banco preparado para um ataque. Minha mão correu em direção a minha pistola sobre o painel do carro, mas quando estava prestes a pega-lá para usá-la caso fosse necessário, uma silhueta feminina me parou. Era a Camila.

Sem dar qualquer palavra ou trocar olhares comigo ela entrou no carro, se sentou e fechou a porta. E continuando com o silêncio se pôs a encarar a nossa frente.

Eu também não demorei a voltar a encarar a estrada. Ainda estou chateado, e não sei se ela merece que eu continue a colocar sua vida em primeiro lugar. Porque é isso o que eu vim fazendo. Ela me abandou num momento em que eu precisei.

O relógio não parou, ele continuava a correr. E enquanto isso, Camila e eu continuávamos naquela mesma situação, virados para a frente e em silêncio. Uma parte minha queria entender o que estava acontecendo, mas essa parte não era nem metade da parte na qual o orgulho consumia.

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