NADA QUE EU NÃO RESPONDERIA

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Estados Unidos, Boston
Residência dos Tomlinson's
10:45 PM

Point Of View: Camila Underwood

Justin e eu passamos cerca de uma hora conversando. Na verdade ele não falou muito, as poucas das suas palavras foram de grande ajuda. Ele me deixou abrir o coração e dizer tudo o que eu estava sentindo. Não chegamos a alguma conclusão, mas eu me senti bem mais leve.

Ele não faz ideia, mas aquele momento foi de grande importância. Talvez eu apenas precisasse desabafar e de alguém que me ouvisse.

E esse alguém foi o Justin, um cara insuportávelmente imprevisível, improvável e supostamente indefinível.

Ele me acolhe em meio a sua própria tempestade.

De volta a vida real, Justin e eu perdemos total contato com o Shawn e com os policiais, e não sabemos exatamente até quando ficaremos aqui. Nesse meio tempo ele me incentivou a descansar, tudo o que aconteceu foi tão rápido e inexplicável, talvez um tempo para colocar a cabeça no lugar será a resposta.

Eu espero.

- Você cuida da louça, eu vou subir para o quarto. -  Justin se levantou da mesa e foi em direção a pia com seu prato e uma garrafa de cerveja, e após colocá-los sonhe ela, se virou e saiu em direção a sala.

- Justin.. - O chamei. - Por que você me beijou aquele dia? - Após tanto me atormentar com o acontecimento, resolvi perguntar. Eu estou realmente curiosa sobre isso.

Justin se virou e encarou-me.

- Foi você quem me beijou.

- Hum, mas.. você retribuiu. - Repliquei de forma como se eu desse de ombros.

Justin fitou-me por alguns segundos. Eu sabia que ele pensava em alguma resposta para me dar, ele sempre tem resposta para tudo.

- A minha mãe me ensinou a nunca deixar as pessoas na mão. - Disse, demonstrando certa indiferença no falar. Como eu havia pensado: ele sempre tem respostas para tudo. Então, se virou deixando-me com a vista das suas costas e ombros largos. - E sem mais perguntas. - Murmurou, enquanto se afastava.

Um pouco incerta, franzi o cenho, um tanto aérea. Observei Justin se afastar sem ao menos mover o olhar, ele caminhou tranquilamente até as escadas, subiu-as e desapareceu em meio aos corredores extensos e vazios de casa.

- Legal.. - Murmurei para mim mesma.

Sem motivos aparente, bufei. Retornei ao meu jantar, questionado-me o quanto fiquei "magrela" e sedentária após poucos meses num hospital. Definitivamente, o Massachusetts acabou comigo, e eu não sei como.

Hoje, quem fez o jantar foi o próprio Justin. Eu não deveria ter duvidado dele, a comida ficou absolutamente incrível. Ele fez espaguete, risoto e uma salada verde ao azeite. Coisas que eu nunca saberia — ou saberei — fazer. Eu sou péssima na cozinha, ou horrível para assim dizer. Acho que dei sorte em esbarrar com ele, por que talvez sozinha, eu morreria de fome.

Me salvar dos zumbis desceu para a segunda melhor coisa que ele já me fez.

Depois de terminar de comer, me levantei e fui lavar a louça — porque esse era o trato, ele cozinharia eu cuidaria da louça —. E quando enfim terminei, me despedi da cozinha e fui em direção ao quarto, para escovar os dentes e me preparar para ir dormir.

Após de passar por um dos quartos de hóspedes, acabei me sentindo tentada a saber com andava o Justin.

Aproximei-me da porta entreaberta, e com bastante cuidado enfiei a minha cabeça para dentro do quarto para observar o que havia do outro lado. Eu franzi o cenho logo em seguida, isso por perceber o quarto vazio e do jeito que eu havia deixado. Bom, isso até o Justin sair do banheiro apenas de toalha.

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