O TIRO SAIU PELA CULATRA

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UMA SEMANA ANTES DO ATAQUE DOS MORTOS-VIVOS

POV LOUIS TOMLINSON:

Pobre coitada.

Faço leves massagens com o meu polegar sobre a bochecha direita de Camila, ela está em prantos. Eu mandei aumentarem a dose do seu calmante mas parece que não funcionou, eu já não sei mais o que fazer. Camila é esperta e ela já percebeu o que andou acontecendo. Ela não vai demorar a ferrar com tudo.

Eu sabia que não deveria deixá-la neste hospital. Logo aqui, onde todo mundo a conhece. Eu já recebi vários olhares diferentes e desconfiados de muitos médicos ao longo da sua estada por aqui, e depois daquele ataque após o nascimento da Alice eu não sei se vou conseguir continuar mantendo-a aqui. Está ficando arriscado.

- Louis.. - Mais uma vez murmurou o meu nome. Ela tombou a sua cabeça para o lado para que pudesse observar-me com os seus olhinhos vermelhos e encharcados. Eu a vi engolir em seco. - Por favor você precisa me escutar. Aqueles médicos.. eles pegaram a nossa bebê e vão fazer coisas horríveis com ela. Eu ouvi ela chorar, não está morta, e os ouvi dizerem coisas estranhas.. ela não está morta acredita em mim. - Novamente engoliu em seco. Após aparentemente tentar respirar de maneira normal - por estar um pouco ofegante - voltou a encarar o teto. Ela está fraca e vulnerável, não vai demorar a apagar, eu só preciso de paciência. - Tem coisas muito ruins acontecendo neste hospital. Pessoas ruins estão fazendo coisas ruins, eu vi.. Você precisa chamar a polícia para prender essas pessoas e salvar a nossa Alice. - A cada palavra que dava eu a via se desesperar ainda mais, as suas tentativas de ficar calma ou até mesmo de parecer estar lúcida eram falhas - tal coisa que posso usar ao meu favor.

Na tentativa falha de acalma-la e por assim dizer, "estou aqui com você" eu peguei em sua pequena mão legada e depois de um leve aperto, depositei alguns beijos.

- Camila você precisa se acalmar. - Me levantei da cadeira e me aproximei um pouco mais de si, deixando nossos rostos bem próximos um do outro. Eu precisava mostrar firmeza. Como eu já havia dito, ela é esperta, e mesmo que esteja muito drogada, sabe que os médicos que andaram frequentando o seu quarto não são nossos e que estão a drogando. Ninguém consegue acreditar nela por causa do seu estado deplorável, e claro, estou usando tudo isso ao meu favor. - Você está com febre e está reagindo mal aos remédios. Não há nada de ruim acontecendo aqui no hospital, são só coisas da sua cabeça. Amanhã você vai acordar recuperada e vai perceber que está tudo bem..

Demonstrando desaprovação as minhas palavras ela balançou a cabeça negativamente enquanto soltava mais e mais lágrimas.

- Você não acredita em mim não é? - Perguntou, sua voz saiu de maneira embargada e chorosa. - Você não acredita que levaram a nossa filha, não acreditou quando eu falei do Demetrio e que ele abusou de mim, e não acredita em nada.. Você não acredita em nada Louis.. mas eu sei o que eu vi. - A maneira como ela proferiu as últimas palavras de maneira firme fez com que eu sentisse certo incômodo. Ela está tão certa do que diz que me faz pensar que terei um problema muito maior que o esperado.

Os tantos remédios e drogas não fazem os efeitos esperados. Ela nunca fica apagada por muito tempo e insiste em me cobrar. Faz perguntas demais e sabe demais. Eu preciso dar um fim nela o quanto antes. As autoridades já estão desconfiando das mortes que ocorreu aqui no hospital e eu estou ficando encurralado.

Eu só preciso aguenta-la por mais algumas semanas e daí vou entrega-lá a Strassgnes Corporation. Eles ainda não sabem da sua existência, mas tenho certeza de que vão pirar ao descobrir que ela foi a única pessoa que sobreviveu a vacina feita por Logan O'donnovan que transformou um ser humano em um morto-vivo. - É, bem louco. Eu bateria o pé afirmando ser impossível se não tivesse ficado cara a cara com aquela "coisa" - Eles precisam de uma cura antes que algo pior aconteça e eu tenho esta suposta cura aqui ao meu lado.

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