ANDREW

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CAMILA UNDERWOOD:

Uns vinte e seis anos talvez? A mulher em minha frente sorri cinicamente com o ar vitorioso. Sua bela aparência revela que ela não está andando por aí a procura de algum abrigo, mas muito pelo contrário, ela parece ter conforto, água quente e hidratante para pele. Obviamente não está aqui por acaso e sabe exatamente o quê quer.

E é exatamente isso o quê me assusta.

Mas o quê? Quem? Está óbvio que não é comigo, está claro que não sou eu.. Então, quem?

- Você prefere lento ou rápido? - Ela fez uma encenação com a sua faca que de longe percebe-se se afiada e potente.

Eu estou com certo medo em relação a ela, e ao que possa me fazer, de longe é perceptível o meu temor, e não é para menos, ela parece entender muito bem de armas e facas, é rápida e sabe que me têm nas mãos.

- O quê você quer? - Eu continuei a caminhar para trás, engoli em seco tentando transparecer pelo menos um pouco mais segura de mim. Ela não é tão maior que eu, talvez eu consiga algo se tentar.

- No momento eu só quero atrofiar você. - E então ela parou. - Mas se te servir de consolo, você não vai ser a única a morrer hoje. Eu estou aqui para acertar algumas contas com um certo alguém e eu sei que ele está bem aqui.

Um sorriso maldoso saiu de si.

Eu engoli em seco novamente. De um momento para o outro, sem mais e nem menos eu a vi petrificar ficando assim em completo silêncio enquanto me observava. Não demorou para que eu fizesse o mesmo. Ela me estudava com o olhar. Ela não era a única. Eu a analisei também. O meu receio era o quê faz ela estar aqui. É como naqueles filmes de terror onde o assassino se alimenta do medo da vítima.

Mas eu estava decidida a não ser essa vítima.

Seus olhos grandes e negros ainda estão fixos nos meus. Eu sei o que está por vir, eu sei exatamente o que ela vai fazer.

Um ataque está previsto em 3,2,1..

E como imaginado ela disparou em minha direção.

Num ato simples joguei minha mão para trás e arranquei minha pistola do cós da calça, com o cano da minha mais nova melhor amiga glock dourada apontada em direção ao lado direito do seu peito, disparei dois tiros seguidos.

Eu ainda estava em posição quando a vi cambalear para trás, seu olhar foi imediatamente em direção aos dois furos da bala, não demorou para que ela voltasse a me encarar com um sorrisinho de canto.

Claro, estava de coletes.

Eu poderia ter tentado atirar em sua cabeça mas a verdade é que eu ainda precisava de alguns treinos. Eu não acertaria. Não na cabeça, e muito menos com uma mulher vindo em minha direção como um animal selvagem faminto.

A primeira coisa que ela fez foi arrancar a pistola da minha mão com um tapa, e em seguida, com o cotovelo do seu braço livre me acertar no rosto.

Agora, ela me segura pelo pescoço enquanto nos mantém bem próximas uma da outra. Grunhidos altos saem de nós duas. Eu não demorei a mudar a situação e me libertar. Acertei seu estômago com um dos joelhos e logo em seguida, quando havia se inclinado para baixo, obviamente com falta de ar, acertei a curvatura do seu pescoço com uma cotovelada.

Mais agressões teria saído por parte de mim se eu não tivesse visto-a arrancar a sua faca novamente do coldre em sua perna. Dei um passo para trás, meus olhos foram em direção a minha pistola que estava longe. Eu precisava correr.

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