Eu estava estarrecida com toda a riqueza no closet daquele homem. Não tinha nada feminino ali, ainda bem. E ele era ciumento com suas coisas, porque não me deixava tocar em nada. Aff!
- Cara, você é muito chato e... parei de falar. Eu estava andando em frente as prateleiras e me deparei com uma coisa magnifica. Magnifica!
Entre uma parte e outra de cabideiros, havia um espaço fundo, com um vidro vedando. Lá dentro, era branco, mesma cor das prateleiras, material envernizado que brilhava com o reflexo da luz. Mas não brilhava mais do que a arma gigantesca que estava em pé num suporte.
Pus as mãos na boca, arregalando olhos.
- Gostou? - ele abriu a portinha de vidro que tinha uma pequena maçaneta. Tirou a arma lá de dentro, e ela reluzia porque era toda coberta de ouro puro.
Não acreditei.
- É ouro mesmo? - toquei com a ponta do dedo. Estava fria, como imagino que seja uma serpente.
Ela era muito ostensiva. Muito!
- Claro, pô... Famosa Ak de ouro relíquia do Hussen. - ele disse cheio de si. E pudera! A pessoa tinha de ter muita grana pra cobrir uma arma daquelas de ouro.
Brilhava tanto!
- Só uso em dia de baile, quando vem cantor famoso, artista; só em ocasiões especiais. - mostrava vaidoso os detalhes, a girando para lá e para cá. - Ta vendo aqui.... meu vulgo entalhado.
Estava escrito " Tropa do Alcaida"
- Meu Deus do céu! - Olhei na cara dele, animada. - Posso segurar?
- Tá maluca? Isso aqui não é brinquedo. Não é pra você. Tu nem gosta de armas. Sempre mantenho as minhas escondidas quando tô perto de tu. - me disse desconfiado.
Cruzei os braços, olhando ele encaixa-la em pé no suporte.
- Essa ai é diferente. Totalmente diferente.
Ele me espiou de soslaio e soltou o ar.
- Puta que pariu... - cedeu, ao ver que eu fazia birra.
Abri um sorriso e pulei. O short dele escorregou e puxei rápido, mesmo estando de cueca por baixo.
Só de ele pendurar aquilo em mim, quase tombei com o peso.
Após me deixar ter meu momento " bandidona", ele guardou novamente a arma e perguntou se eu estava com fome. Senti a barriga doer e disse que sim.
- Seca teu cabelo que vou buscar alguma coisa pra gente. - prendeu meu maxilar na mão pesada e me beijou demorado, lento, delicioso. No fim, mordeu suave e aplicou selinhos. Fixou o olhar no meu e partiu, fechando a porta do quarto.
Senti ciúmes por ele descer sozinho, me dando conta de que minha situação era decadente.
Lá em baixo cheio de mulher, a verdadeira mulher dele por ai e eu me deixando levar por esse mundinho particular que criamos aqui no quarto dele.
Penteei e sequei meu cabelo em frente ao grande espelho do closet. O tapete era uma benção de pisar, a temperatura do quarto aconchegante.
Como eu poderia resistir a esse conto de fadas?
Só essa noite... só até amanhecer.
Ele voltou, me encontrando de cabelos secos. Trazia duas tapiocas de frango e suco de laranja numa bandeja.
- Você quem fez? - perguntei, sentando na cama de boca aberta.
Ele sentou também e depositou a badeja entre nós.
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Pique Al-Qaeda
Любовные романыEle é uma bomba, um perigo. Ela sabe que não deve se arriscar tão perto, que pode se ferir com uma iminente explosão. Lia tem 19 anos, e uma perda a levou para o morro do Sol. Ajudar a família vem em primeiro lugar, até mesmo antes de seus desejos...