Capítulo 32 - Reunião da Ordem

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O vento frio soprava do lado de fora, mostrando que a noite seria longa e tensa. O interior da casa, no entanto, estava aquecido pela lareira e a luz suave das velas. O elfo doméstico zumbia pelo salão, oferecendo chá e biscoitos aos presentes, sua alegria de servir contrastando com a atmosfera carregada de ansiedade.

- Porque nos chamou aqui, Severo? - questionou Lupin, retirando seu casaco puído e entregando-o ao elfo, que o pegou com um sorriso de orelha a orelha.

Snape, encostado na parede, lançou um olhar gelado a Lupin antes de responder com desdém:
- Ordens de Dumbledore, lobinho.

Lupin, já acostumado com as farpas de Snape, suspirou e se acomodou numa poltrona. Dóris, sentada próxima à lareira, tomou um gole de chá e perguntou:
- E quanto tempo temos de esperar?

- O tempo que for necessário - replicou Snape, arqueando uma sobrancelha, seu tom cortante como uma lâmina.

Um baque surdo no andar de baixo indicou a chegada de alguém. Momentos depois, Dumbledore entrou, seguido por Moody e Kingsley. A presença do diretor trazia uma sensação de calma, embora a tensão ainda pairasse no ar.

- O senhor demorou - disse Snape carrancudo, sua expressão severa ao observar Dumbledore.

- Desculpe, Severo. Eu estava resolvendo alguns imprevistos - respondeu Dumbledore com tranquilidade, sua voz suave contrastando com o ambiente tenso.

Moody lançou um olhar avaliador pela sala, percebendo os assentos vazios:
- Falta alguém?

- Molly e Arthur não poderão vir por conta das crianças, Minerva e Ella estão em Hogwarts - disse Dumbledore, seus olhos azuis brilhando na penumbra.

- Corey e Christine não chegaram ainda - comentou Lupin, preocupado. - Eles deviam ter vindo pela chave de portal junto comigo, mas não apareceram no ponto de encontro.

Dóris, tentando manter a calma, disse:
- Pode ter acontecido algum imprevisto. Afinal, a reunião foi convocada em cima da hora.

Dumbledore franziu o cenho:
- O que acha, Alastor?

- Acho que tem algo errado. - Moody respondeu, seus olhos mágicos rodopiando

Kingsley, com uma expressão de preocupação, acrescentou:
- Eles são sempre pontuais. Caso houvesse algum imprevisto, eles avisariam.

Dumbledore ficou pensativo por um momento.
- Pode ser tudo e pode ser nada. Vou pedir para Minerva investigar enquanto conversamos sobre o caso.

- Alvo, acho que está colocando McGonagall em perigo, mandando-a ir sozinha. - disse Kingsley.

- O garoto está certo, Alvo. Mande alguém junto com ela. - Moody concordou.

- Ela não corre perigo, fiquem em paz. Tenho um bom palpite. - disse Dumbledore com um sorriso.

A sala ficou em silêncio, a tensão palpável.
- Alvo, Carrow está matando crianças! - disse Moody quebrando o clima com uma declaração sombria.

- Por qual razão? - perguntou Dumbledore com a voz quebrante.

- Eram os filhos do nosso informante, mas ele matou por crueldade, não por castigo. As crianças não deviam nada a ele. - disse Kingsley, com a voz carregada de tristeza.

Todos na sala ficaram sérios, absorvendo o horror da notícia. Dóris tinha os olhos marejados, e Dumbledore observava suas próprias mãos, perdido em pensamentos. O silêncio que se seguiu foi pesado, carregado com lembranças da primeira guerra bruxa.

Finalmente, Dumbledore se levantou e se colocou diante dos integrantes da Ordem:
- Meus amigos, essa notícia nos dá uma única alternativa. Temos de encontrar Carrow e seus seguidores e levá-los à justiça antes que mais inocentes sofram.

A Princesa Mestiça e a Ordem da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora