O vento frio soprava do lado de fora, mostrando que a noite seria longa e tensa. O interior da casa, no entanto, estava aquecido pela lareira e a luz suave das velas. O elfo doméstico zumbia pelo salão, oferecendo chá e biscoitos aos presentes, sua alegria de servir contrastando com a atmosfera carregada de ansiedade.
- Porque nos chamou aqui, Severo? - questionou Lupin, retirando seu casaco puído e entregando-o ao elfo, que o pegou com um sorriso de orelha a orelha.
Snape, encostado na parede, lançou um olhar gelado a Lupin antes de responder com desdém:
- Ordens de Dumbledore, lobinho.Lupin, já acostumado com as farpas de Snape, suspirou e se acomodou numa poltrona. Dóris, sentada próxima à lareira, tomou um gole de chá e perguntou:
- E quanto tempo temos de esperar?- O tempo que for necessário - replicou Snape, arqueando uma sobrancelha, seu tom cortante como uma lâmina.
Um baque surdo no andar de baixo indicou a chegada de alguém. Momentos depois, Dumbledore entrou, seguido por Moody e Kingsley. A presença do diretor trazia uma sensação de calma, embora a tensão ainda pairasse no ar.
- O senhor demorou - disse Snape carrancudo, sua expressão severa ao observar Dumbledore.
- Desculpe, Severo. Eu estava resolvendo alguns imprevistos - respondeu Dumbledore com tranquilidade, sua voz suave contrastando com o ambiente tenso.
Moody lançou um olhar avaliador pela sala, percebendo os assentos vazios:
- Falta alguém?- Molly e Arthur não poderão vir por conta das crianças, Minerva e Ella estão em Hogwarts - disse Dumbledore, seus olhos azuis brilhando na penumbra.
- Corey e Christine não chegaram ainda - comentou Lupin, preocupado. - Eles deviam ter vindo pela chave de portal junto comigo, mas não apareceram no ponto de encontro.
Dóris, tentando manter a calma, disse:
- Pode ter acontecido algum imprevisto. Afinal, a reunião foi convocada em cima da hora.Dumbledore franziu o cenho:
- O que acha, Alastor?- Acho que tem algo errado. - Moody respondeu, seus olhos mágicos rodopiando
Kingsley, com uma expressão de preocupação, acrescentou:
- Eles são sempre pontuais. Caso houvesse algum imprevisto, eles avisariam.Dumbledore ficou pensativo por um momento.
- Pode ser tudo e pode ser nada. Vou pedir para Minerva investigar enquanto conversamos sobre o caso.- Alvo, acho que está colocando McGonagall em perigo, mandando-a ir sozinha. - disse Kingsley.
- O garoto está certo, Alvo. Mande alguém junto com ela. - Moody concordou.
- Ela não corre perigo, fiquem em paz. Tenho um bom palpite. - disse Dumbledore com um sorriso.
A sala ficou em silêncio, a tensão palpável.
- Alvo, Carrow está matando crianças! - disse Moody quebrando o clima com uma declaração sombria.- Por qual razão? - perguntou Dumbledore com a voz quebrante.
- Eram os filhos do nosso informante, mas ele matou por crueldade, não por castigo. As crianças não deviam nada a ele. - disse Kingsley, com a voz carregada de tristeza.
Todos na sala ficaram sérios, absorvendo o horror da notícia. Dóris tinha os olhos marejados, e Dumbledore observava suas próprias mãos, perdido em pensamentos. O silêncio que se seguiu foi pesado, carregado com lembranças da primeira guerra bruxa.
Finalmente, Dumbledore se levantou e se colocou diante dos integrantes da Ordem:
- Meus amigos, essa notícia nos dá uma única alternativa. Temos de encontrar Carrow e seus seguidores e levá-los à justiça antes que mais inocentes sofram.
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A Princesa Mestiça e a Ordem da Fênix
FanfictionElla Prince é uma bruxa elegante e respeitável, mas também uma mestra das travessuras quando provocada, especialmente com seu padrinho Severo Snape, alvo constante de suas brincadeiras. Snape, que a trata como uma criança, o que desperta sua rebeldi...