Capítulo 18 - Ordem da Fênix

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Olho-Tonto e Shacklebolt chegaram a um local deserto, seguiram em viagem por alguns dias deixando recados em casebres abandonados, enviando corujas, e logo aparatando novamente. Moody estava muito misterioso, e era estranho para Kingsley, porque Olho-Tonto estava muito quieto, não estava tão rabugento e paranóico como sempre foi, ele apenas agia com calma e frieza, deixando seus recados e avisos, e partindo.
Nesse dia em questão eles aparataram para dentro de um barco, e se dirigiram até uma ilha. Era um local paradisíaco sem nenhuma dúvida, algumas árvores frutíferas, alguns animais pequenos como coelhos e aves coloridas, e uma campina linda com flores silvestres e uma pequena nascente de água doce que formava um pequeno riacho e já desaguava no mar.

Olho-Tonto fez um sinal com a varinha, depois se virou para Kingsley:
- O ponto de encontro da ordem da fênix está situado nessa ilha, no lado leste da campina encostado a montanha rochosa. - ele deu um papel na mão de Kingsley - aqui estão as coordenadas para a ilha e para o local.

No mesmo momento que ele leu as inscrições no papel, uma cerca branca surgiu, e um casarão enorme de 3 andares, com o telhado, portas e janelas cor creme, e paredes cor verde pastel, surgiu do nada como uma miragem que se tornava real. Kingsley olhou maravilhado para o jardim bem cuidado, a grama aparada, a entrada impecável de tão limpa, e então murmurou para Moody:
- Feitiço fidelius e elfos domésticos?

- Exatamente. - disse o auror entrando no quintal com sua perna de pau fazendo barulho ao bater contra as pedras da calçadinha.

Ao entrar na casa, um cheiro delicioso de biscoitos e chá os envolveu, Moody se dirigiu até a sala de estar sem rodeios, e foi recebido por um elfo doméstico que guinchou alegre:
- Meu senhor Moody! Que honra ter meu senhor por aqui! Venham venham, o senhor também, Milus vai mostrar o caminho.

Enquanto caminhavam até o segundo andar, mais dois elfos vieram e e guardaram os casacos dos dois. A casa era muito luxuosa, muito diferente dos locais insalubres que Moody e Kingsley vinham frequentando nos últimos dias.

O elfo a frente estalou os dedos em frente a uma porta e essa se abriu, ele fez uma reverência e fez sinal para que eles entrassem na sala.
O local estava iluminado com luz natural, e um lustre de cristal no teto, refletia a luz solar em multiplas facetas coloridas nas paredes brancas, no teto havia uma pintura barroca de anjos gordinhos, os sofás e poltronas dispostos em frente a uma lareira eram todos luxuosos e confortáveis, e haviam algumas pessoas sentadas ali conversando, Moody sorriu ao ver cabelos brancos e uma veste de bruxo azul royal com planetas bordados na orla.

- Alvo! Como está? - disse Moody sorrindo cordialmente.

- Bem, muito bem meu amigo Alastor! E o senhor Shacklebolt como vai? - disse Dumbledore sorrindo.

- Estou bem senhor Dumbledore.

- Ah sentem-se! Fiquem a vontade, estamos aguardando mais algumas pessoas, e logo começaremos nossa reunião. - disse o diretor indicando as poltronas ao lado dele, os dois se sentaram e Dumbledore serviu chá para Shacklebolt, Moody bebeu a própria bebida.

- De quem é essa casa Alvo? - perguntou Olho-Tonto interrompendo Dumbledore que iria apresenta-lo a duas pessoas ali presentes.

- É de uma amiga muito gentil, que me cedeu o local para tais reuniões. Esse lugar é uma fortaleza, e nos manterá seguros e longe de olhos curiosos quando precisarmos nos reunir.

- Humm, tá. E quem são vocês? - perguntou Moody a uma bruxa miudinha com roupas de trouxa e um bruxo magrelo com vestes largas demais para o corpo.

- Sou Christine e esse é meu marido Corey, estudamos em Hogwarts também, mas não participamos da ordem da fênix na primeira guerra bruxa por que nossa filhinha Emma era recém nascida, para protege-la, nós fugimos para a América. - Christine sorriu, mas Moody a ignorou olhando para a porta abruptamente.

Mais bruxos chegaram, Remo Lupin, Estúrgio Podmore, Héstia Jones, Elifas Doge, Mundungo Fletcher, Dédalo Diggle e Emelina Vance, e por último Arthur Weasley.

Quando todos se sentaram e se cumprimentaram, Dumbledore se levantou, e todos ficaram sérios aguardando o que ele poderia trazer de informações.
- Boa tarde meus amigos, agradeço imensamente que tenham vindo até aqui, agradeço principalmente os que não queriam vir, mas que vieram mesmo assim.
Bom eu pedi para nos reunirmos aqui hoje, porque eu me deparei com uma pessoa especial que precisava de uma ajuda especial. Sei que a ordem da fênix foi fundada com o objetivo de frustrar os planos de Voldemort - Christine deu gritinho e tapou a boca com a mão, e a maioria dos membros se mostrou desconfortável ao ouvir aquele nome, Dumbledore ignorou e continuou. - Mas me deparei com uma situação em que bruxos, trouxas e criaturas mágicas se encontram em risco, esse grupo de bruxos das trevas não abre exceções nem para crianças, são extremamente violentos, e não tem escrúpulos. Meu amigo Alastor vai lhes entregar uma cópia do dossiê, onde explica tudo sobre a organização criminosa de bruxos das trevas que chegaram para perturbar a paz que conquistamos após os tempos sombrios sob o poder de Voldemort.

- Dumbledore? - Snape entrou na sala apressado parecendo um morcego voando.

- Ah! Severo! Que bom que pode vir, sente-se, faz poucos minutos que demos início a reunião. - disse o diretor.

- Não quero.

- Então por que motivo está aqui? Algo de errado com sua garota? - perguntou Dumbledore preocupado.

- Sim e não. Preciso que venha com urgência.

Todos olhavam confusos para a cena, mas Dumbledore no mesmo momento agitou a varinha e convocou sua capa de viagem.
- Peço perdão meus amigos pela falta de educação e tato, entretanto tenho um assunto urgente a tratar. Alastor pode tranquilamente dar continuidade a reunião se ele estiver disposto...

- Claro que posso Alvo, vá.

- Perfeito, após a reunião aguardarei suas respostas em carta, podem endereçar direto ao meu escritório. Obrigado pela compreensão de todos. - dito isso ele saiu apressado atrás de Snape.

- Boa tarde a todos. - começou Moody como se a cena com Dumbledore não tivesse ocorrido.- Gostaria que dessem uma lida nessas cópias do dossiê onde explica sobre a organização criminosa denominada Nightshade.

- Snape tem namorada? - perguntou Kingsley para Lupin.

- Não sei, porque a pergunta? - respondeu Remo querendo rir.

- Dumbledore perguntou sobre "a garota dele".

- Hum, pode ser uma filha, ou um animal de estimação - comentou Lupin passando os olhos pelos papéis dados por Moody.

- Não é nem lua cheia e você já está irracional? - brincou Kingsley.

Um livro bateu com força na cara de Kingsley.
- Leve isso a sério ou vou retirar você do caso. - disse Olho-Tonto segurando a varinha.

A Princesa Mestiça e a Ordem da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora