Capítulo 128 - Xadrez de Bruxo

15 5 0
                                    

- Ele é só uma criança Ella! - ralhou Narcisa em lágrimas.

- Não importa. - respondeu Ella dando de ombros - Ele se ofereceu ao lorde das trevas, agora deve cumprir o que lhe foi pedido.

- Você também tem filho! Sabe qual é o sentimento! - gritou Narcisa indignada.

Os olhos de Ella ficaram frios, mais frios do que de costume, e Narcisa tremeu com um calafrio.
- Meu filho não tem a marca negra, e não tem idade para servir ao lorde das trevas. - disse ela calma e ameaçadora.

- E o meu filho tem? - perguntou Narcisa lívida de raiva.

- Vocês sabiam no que estavam se metendo quando juraram lealdade ao lorde das trevas. - disse ela com simplicidade.

- Mas Draco é jovem, ele não vai conseguir servir como nós... É diferente. - ralhou Narcisa chorosa.

- Eu era apenas uma criança quando minha mãe me apresentou ao lorde das trevas, e tenho o servido com lealdade desde então. - explicou Ella com um olhar de desprezo.

- Mas você não teve que ir em nenhuma missão por ele! Dumbledore é um bruxo poderoso, Draco não vai conseguir cumprir os objetivos esperados! - exclamou Narcisa a ponto de desmaiar de nervoso.

- Você não faz idéia do que já fiz pelo lorde das trevas, e eu tinha apenas 9 anos. Draco é quase um homem, se ele não tem a capacidade de realizar uma missão para o mestre, não deveria ter se oferecido como comensal. - disse Ella com um olhar debochado.

- Não sei porque está querendo se envolver nesse assunto! Draco é meu filho! - urrou Narcisa em dor e desespero.

Ella apontou a varinha na ponta do nariz de Narcisa, seus olhos injetados como se estivesse possessa.
- E Severo é meu primo, mais próximo que um irmão, minha única família, e você o envolveu em seus assuntos por medo e incompetência. - disse Ella ameaçadora. - Vocês covardes aceitaram com prazer o bem do lorde das trevas, agora não querem pagar pelo o que receberam, ingratos nojentos é isso o que são!

Lorde Voldemort entrou na sala, seu sorriso mortal demostrando que ouviu toda a conversa, Ella sabia que ele estava ouvindo, e por isso foi tão insensível com Narcisa, no fundo ela partilhava de sua dor, mas nunca deixaria que alguém notasse essa fraqueza.

- São nos momentos difíceis que vemos quem é verdadeiramente... Leal. - comentou Voldemort com um olhar ameaçador para Narcisa.

- Milorde... - Narcisa se ajoelhou tremendo.

- Calada! - sibilou Voldemort - A criança está certa, você e seu marido são dois covardes inúteis! - disse Voldemort se aproximando dela, sua voz baixa e perigosa. - Saiba que seu marido só está vivo porque Draco se mostrou útil aos meus propósitos, e o lorde das trevas sabe ser misericordioso quando necessário...

Narcisa tremulava e chorava baixinho, jogada aos pés dele. Ella olhou para a mulher e deu um risinho debochado.

Voldemort faiscou seus olhos vermelhos para a garota.
- Me diga criança, o que está fazendo aqui na mansão Malfoy? - perguntou ele com um perigoso interesse.

Ella se curvou e beijou a mão de Voldemort, se ajoelhando frente a ele, exatamente o que ele esperava que alguém fizesse diante dele.
- Seja misericordioso mestre. - pediu ela com a voz fria e distante.

Voldemort cerrou os olhos com desconfiança.
- O que fez garota? - perguntou ele impaciente.

- Vim até aqui com a intenção de matar Narcisa Malfoy. - confessou Ella calmamente.

Voldemort sorriu, e fez sinal para ela se levantasse. Narcisa estava indignada, com a confissão, mas ele a fez continuar prostrada com um movimento da varinha, estava curioso no que Ella tinha a dizer.
- Me explique o porque tinha intenções tão... incomuns. - ordenou ele com a voz sibilante.

A Princesa Mestiça e a Ordem da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora