Capítulo 86 - Impossível de Se Ignorar

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Quando o dia amanheceu, Ella usou a varinha para apagar qualquer vestígio de que estiveram lá.

- Vamos, precisamos nos afastar daqui o quanto antes - disse ela com um tom firme, estendendo a mão para Sirius.

Ele a pegou com um gesto exageradamente cavalheiresco e, com um sorriso travesso, beijou a mão dela.

Ella deu um tapa na mão dele o fazendo rir, em seguida, tocou no hipogrifo e aparatou, Sirius fechou os olhos esperando a sensação de compressão que não veio. Ao invés disso seus pés  tocaram a areia quente, e ele abriu os olhos, sentindo o calor do sol em seu rosto, e o som das ondas do mar preencheu o ambiente.
  À frente, havia uma praia deserta e atrás deles um pequeno chalé de dois andares, rodeado por uma cerquinha branca.

- Onde estamos? - perguntou ele, maravilhado com o lugar.

- No Brasil. Esta é uma das propriedades da minha família, mas ninguém vem aqui. Estaremos seguros. - Ela caminhou até a casa, abrindo a porta com um movimento da varinha e tirando a capa pesada, revelando um vestido tubinho branco que descia até seus tornozelos.

Sirius observou suas curvas elegantes e, por um momento, desviou o olhar timidamente quando ela se virou para ele.
- Não tenho roupas de bruxo aqui. - Ela abriu um sorriso divertido. - Não combinam com o clima tropical, dê uma olhada nos quartos e veja se encontra algo que sirva.

Sirius subiu as escadas e entrou em um quarto azul à direita, ele abriu o guarda-roupas e foi recebido por uma visão de saias, biquínis e vestidos florais. Ele arqueou uma sobrancelha, divertido. "Definitivamente, não", pensou.

Tentou o quarto em frente, cujas paredes eram pintadas de verde-claro, e ali encontrou o que procurava: roupas masculinas. Ele aproveitou a oportunidade para tomar um banho longo e relaxante, finalmente se livrando da sujeira acumulada em Askaban, aproveitou para lavar os cabelos e fazer a barba, ficando apresentável.

Quando desceu as escadas, limpo e com os cabelos ainda úmidos, ele vestia uma bermuda preta e uma camiseta branca. Mas a dúvida ainda martelava em sua cabeça.
- Você aparatou da Grã-Bretanha para o Brasil? Nenhum bruxo consegue fazer isso, o ministério não vai nos encontrar? - perguntou ele, vendo Ella de costas para ele, mexendo algo no fogão que cheirava delicioso.

- Certas regras não se aplicam a mim. - Ela lançou um olhar de soslaio, um sorriso enigmático nos lábios.

Ele riu baixinho.
- Ah, lembro. Mas não entendo. -  Aproximou-se dela e pegou uma panqueca recheada dando uma dentada.

- Como você tem ingredientes frescos por aqui, já que ninguém mora nessa casa? - perguntou ele curioso.

- Meus elfos cuidam de tudo. Tenho cinco. - disse ela servindo um copo de suco de laranja.

Sirius fez uma careta.
- Minha família também tinha um elfo. O nome dele era Monstro. - disse ele com amargura.

- E onde ele está agora? - perguntou ela, curiosa.

- Espero que morto, apodrecendo em algum lugar daquela casa miserável. - Sirius deu de ombros.

Ella pegou um talo de salsinha e jogou nele.
- Isso é cruel, Sirius Black!

Ele desviou da salsinha rindo despreocupado.
- Onde está Bicuço?

- Deve estar pescando o café da manhã. Lancei um feitiço para mantê-lo dentro do perímetro da casa. Ele está seguro.

- E o que vamos fazer enquanto estivermos aqui? - Ele olhou ao redor, como se esperasse que Dumbledore tivesse deixado alguma missão.

Ella cruzou os braços e olhou pela janela.
- Não sou muito fã de praia, provavelmente vou dar uma volta pela cidade e comprar algumas coisas.

A Princesa Mestiça e a Ordem da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora