Capítulo 126 - Destinos Entrelaçados

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Dumbledore passou horas conversando com Maylos, enquanto Ella ficou em casa cuidando de seu filho.
O pequeno Sírius se mostrava mais rebelde e choroso, características que demonstravam que a perda do pai o afetou, mesmo que não compreendesse totalmente.

Dumbledore lhe escreveu com sua letra inclinada, pedindo que ela retornasse, e Maylos apareceu em sua casa para cuidar do bebê.
- Sobre o que conversaram? - perguntou ela impaciente.

- Nada que diga respeito ao que deve saber, agora. - disse Maylos misterioso.

- Então a mamãe vai saber depois - disse o pequeno Sírius com um sorriso.

- Você é inteligente demais para o seu bem. - disse ela enchendo o filho de beijos.

Ela lançou um olhar mudo para Maylos, que assentiu.
E ela voltou para Dumbledore de imediato.

O diretor andava em círculos em sua sala, sobre sua mesa Ella reconheceu o diário de Tom Riddle, e havia um anel com uma pedra escura que desprendia um cheiro ocre que ela conhecia bem.
- Alvo? - chamou ela suavemente.

Dumbledore parecia atarefado com seus pensamentos, ele assentiu rapidamente.
- Ah Ella, que bom que pode vir tão rapidamente.

- Levando em conta que eu já estava aqui antes e poderia ter me contado o que fosse, mas precisou falar com Maylos antes, suponho que deva ser importante. - respondeu ela cruzando os braços desconfiada.

Dumbledore sorriu.
- Sempre impaciente. Aqui. - ele indicou o anel sobre a mesa - quero que me diga o que sente em relação a esse objeto.

Ella se aproximou sem vontade, pegou o anel com desdém, mas seus olhos se arregalaram com surpresa, ela analisou a pedra com mais atenção, e depois colocou o artefato sobre a mesa como se fosse algo indecente, e se afastou indo olhar pela janela.

Dumbledore quebrou o silêncio.
- E então?

Ella deu um suspiro impaciente.
- O anel foi uma horcrux. - disse ela com simplicidade.

- Observou a pedra? - perguntou Dumbledore pacientemente.

Ela cruzou os braços ainda olhando para fora.
- Uma relíquia da morte, sim observei.

- E não se sentiu tentada? - questionou Dumbledore incrédulo.

Ela se virou para ele, seu semblante cheio de pena e compreensão.
- Foi por isso que se feriu? Não se deu conta da magia maligna presente no anel? - perguntou ela suavemente.

Dumbledore assentiu, ele parecia calmo, mas seus olhos estavam perturbados.
Ela se aproximou dele com delicadeza.
- Alvo, eu sou metade anhangá, esa espécie zela pelo equilíbrio natural da magia, e isso - disse ela apontando para a pedra - não é natural, os mortos estão em paz, não seria justo trazê-los a esse plano para verem o que deixaram para trás, só para confortar dentro de nós a dor que a perda nos causou. Não é certo fazer isso. - explicou ela gentilmente. - Você deveria ter me levado com você, eu seria a voz da sua consciência, e então não estaríamos aqui.

Ela se referia a situação da morte iminente de Dumbledore. E o diretor assentiu.
- Não podemos voltar atrás. - disse ele pensativo, então olhou para ela com um sorriso triste - você é melhor de formas que eu jamais serei.

Ella deu olhar encabulado.
- Será? - disse ela com uma careta, e Dumbledore ficou curioso - usei a maldição cruciatus em Bellatriz Lestrange alguns dias atrás. - confessou ela constrangida.

- Você não pode usar magia negra. - sussurrou Dumbledore pensativo.

- Pelo jeito, agora eu posso. - confirmou ela chateada consigo.

A Princesa Mestiça e a Ordem da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora