Capítulo 113 - Exposto e Escondido

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Sírius andava pela casa sozinho, se sentindo solitário, imprestável, as lembranças do que viveu na sua infância o devastavam, e tinha também 12 anos de memória dos dementadores... Sinceramente não sabia o que era pior.
As paredes pareciam que iriam o esmagar a qualquer momento, e a cada segundo ele se tornava mais deprimido, era desprezado pela comunidade bruxa que o julgava um assassino, condenado a viver preso naquela casa que odiava, sentindo pena de si mesmo, sentindo falta de seus amigos falecidos, ah a culpa, se ele não tivesse sido tolo ao confiar em Rabicho, se ele ao menos tivesse contado a Dumbledore sobre a troca do fiel do segredo... Eram tantos e se...

Sons de salto alto soaram na sala, e Sírius desceu as escadas rapidamente, nenhum outro membro da ordem usaria saltos, a não ser...
- Ella! - exclamou ele encantado. E lá estava ela, olhando com muxoxo para monstro, que resmungava alguma coisa, os sons acordaram os quadros e logo os gritos de sua mãe tomaram a casa.

- Traidora do sangue isso sim, e ainda ri da desgraça da família, se acha muito especial essa daí... - resmungava monstro rabugento.

- Monstro! Vá limpar o quarto de cima! - ordenou Sírius, e o elfo lhe fez uma reverência cheia de ódio ao sair.

- Obliviate - murmurou Ella apontando a varinha ao elfo enquanto ele subia as escadas, os olhos dele ficaram vidrados por um segundo, depois ele tornou a subir como se nada tivesse acontecido.

Sírius ia falar com Ella, mas os gritos de sua mãe e dos outros quadros eram ensurdecedores.
TRAIDORES DO SANGUE, PRAGAS PESTILENTAS, RALÉ!
Ele apontou a varinha ao quadro e forçava para fechar as cortinas, após algumas tentativas dele, Ella explodiu num rompante.
- CHEGA! - gritou ela, e uma onda de magia saiu dela, algo invisível que derrubou todas as pessoas de dentro dos quadros e Sírius foi empurrado até a parede mais próxima, como se um vento forte o tivesse arrastado. A mãe de Sírius assustada, puxou as próprias cortinas se fechando para se defender.

Sírius ficou pasmo com a cena.
- Ella o que está acontecendo? - perguntou ele sem entender nada.

- Desculpe, desculpe! - pediu ela se aproximando e o avaliando para ver se estava ferido. - Eu estou um pouco descontrolada ultimamente. - explicou ela o abraçando gentilmente.

Sírius beijou o topo da cabeça dela enquanto a abraçava, mas ainda estava confuso com o que acabara de ver.
- Você está bem querida?

- Eu não queria te preocupar... - disse ela se desculpando - até porque não é nada tão sério, não fere ninguém, nem me faz mal, Dumbledore também acha que pode ser algum descontrole causado pela carga emocional que tenho enfrentado ultimamente. - explicou ela com sinceridade indicando a mesa para se sentarem.

- E tem alguma ideia de como controlar isso? - perguntou Sírius desejando poder ajudar de alguma forma.

- Como a minha magia anda um pouco instável, vou passar uns dias com Newt Scamander para estudar sobre e entender como posso controlar - contou ela com calma avaliando Sírius - queria saber se você pode ficar com o pequeno Sírius enquanto eu estiver longe.

- Claro que quero ficar com meu filho! - exclamou Sírius com um sorriso involuntário - Mas e quanto a você? Vai ficar fora muito tempo? - perguntou ele contendo seu ciúme ao ouvir o nome de outro homem relacionado a ela, seria esse tal de Newt melhor que ele em algum sentido?

- Não, apenas uns 3 a 5 dias no máximo, como eu já disse, não é nada sério. - explicou ela fingindo não estar com medo de sucumbir a própria magia e acabar morrendo, forçando seu amado e seu filho a viverem sem ela.

- Entendo. - murmurou ele ainda desconfiado, imaginando como esse homem poderia ajudá-la. E se ele não poderia ser útil, ao invés dela precisar viajar para estudar com outra pessoa.

A Princesa Mestiça e a Ordem da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora