Capítulo 46 - Presentes de Natal

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Na manhã de natal, Ella acordou e tinham diversos presentes sob sua mesinha, animada resolveu abrir os presentes, um embrulho encardido no meio foi o que mais chamou a atenção, e era uma pequena corsa esculpida em madeira mágica, aquele era o presente de Hagrid, ela ganhou um vaso de ameixas dirigíveis da Sprout, uma cesta de doces diversos de Flitwick, um jogo de xadrez de bruxo com peças douradas e prateadas de Minerva, ganhou uma miniatura de planetário da professora Sinistra, uma pulseira com pingentes contra mau olhado da professora Trelawney, uma camiseta de quadribol da professora Hooch, entre diversos outros presentes dos alunos.
De Snape ela ganhou uma adaga de aço negro afiadíssima, e de Dumbledore ela ganhou uma das peças de prata que ele tinha sobre a mesa do seu escritório, o que era um presente caro, e com alto valor sentimental.

Em meio aos embrulhos havia uma carta, que ela abriu para ler ainda animada com os outros presentes.
"Ella, já enfrentei diversas dificuldades nessa vida, mas a maior delas foi escrever essa carta. Sei que não somos nada, nem temos compromisso algum e eu só um cara com quem você saiu 3 vezes para tomar uma bebida.
Pensei muito no que te dar nesse natal, eu queria que fosse algo especial, então cheguei a conclusão que devo te dar liberdade, vou te deixar ir, porque te amo e te quero livre, livre para escolher o que quer e o que é melhor para você.
Te desejo toda a felicidade do mundo.
Para sempre seu.
Kingsley Shacklebolt

P.S.: Te deixo ir, mas se voltar, nunca mais irei solta-la."

Ela terminou de ler e amassou a carta nas mãos, sem perceber sua ansiedade incitou sua magia e os papéis de presente no chão começaram a pegar fogo.
- Aguamenti - disse ela jogando água nas chamas, e se sentou na cama passando a mão pelos cabelos exasperada. Após alguns momentos em silêncio, ela guardou seus presentes, e foi tomar um banho quente para relaxar, depois vestiu roupas quentes, uma saia comprida de lã xadrez de verde musgo e preto, uma blusa de lã preta, e botas, por cima uma capa preta com mangas largas e um cachecol.

Ela aparatou diretamente no quarto de Severo como de costume, porém o professor não parecia acostumado com aquilo, e deu um pulo da cama assustado.
- Maldição! Quantas vezes já disse para não fazer isso Ella? - reclamou Snape

- Não seja dramático, só quero conversar. - disse ela se sentando na beirada da cama para o impedir de se levantar.

- Parece que não tenho escolha afinal. - disse ele dando um suspiro irritadiço e se sentando na cama. - o que quer?

- Ele terminou comigo, o imbecil. - revelou ela aflita, enquanto Severo deu uma gargalhada.

- Achei que fosse algo importante, me deixe voltar a dormir, sim? Odeio manhãs de natal. - disse ele se cobrindo melhor com o cobertor.

- Ah não! Você vai falar comigo! - exclamou ela puxando as cobertas para ele despertar.

- Você é uma praga pestilenta e contagiosa. - reclamou ele se levantando e entrando no banheiro.

- Nós não tinhamos nenhum compromisso, quem ele pensa que é para terminar o que nem sequer começou? - disse ela num tom mais alto para Severo escutar do banheiro, e andava de um lado pro outro irritada.

- Ele fez o certo, está preservando a saúde dele ficando longe de uma peste como você. - respondeu Severo do banheiro.

- Também te amo. - disse ela com sarcasmo. - O que faço? Não quero deixar de vê-lo.

- Assuma um relacionamento com ele. - respondeu Severo.

- Mas não sei se quero isso.

- E o que você realmente quer? - perguntou Severo saindo do banheiro secando a mão numa toalha branca felpuda.

- Não sei, estou com muita raiva, mas no fundo só não quero que ele fique longe de mim. - disse ela dando de ombros.

- Então fale isso pra ele, ou acha que vai adiantar ficar aqui no meu quarto perturbando minha paz? - respondeu Severo col desdém.

- Você está certo, vou ao ministério falar com ele, sei que ele está lá. - disse ela com o rosto se iluminando pela idéia.

- Espere, você não vai conseguir entrar no ministério sem permissão. E esses processos são demorados...

- Observe. - disse ela com deboche e aparatou.

Severo suspirou.
- Vou falar para Dumbledore que a catástrofe está próxima. - disse ele mandando um patrono para avisar Dumbledore.

Enquanto isso ela aparatou diretamente na sala de Moody acionando o alarme que ele tinha contra intrusos, humanos e não humanos. Moody se levantou de sua mesa surpreso.
- Prince?! O que está fazendo aqui? Eu quase te lancei um feitiço.

- Onde está o babaca do Kingsley? - perguntou ela olhando para os lados parecendo neurótica.

- Ele foi buscar uns documentos para mim, já ele volta. - respondeu Moody preocupado. - Tem algo de errado? Alguma novidade sobre Carrow?

- Não, é... pessoal. - alegou ela olhando para a porta.

- Então não deveria ter vindo aqui assim, você pode acabar enfrentando um inquérito por invasão menina! - disse ele em tom de bronca.

- Se eu entrei é porque a segurança do ministério está precária. - disse ela com rebeldia.

- Tem razão - disse Moody pensativo - fique aqui, logo Kingsley vem, enquanto isso vou conversar com os aurores. - disse ele saindo apressado.

Uns 2 minutos depois Kingsley entrou na sala com duas pastas nas mãos.
- Olho-Tonto, eu trouxe... - o rosto dele ficou pasmo de surpresa - Ella! O que faz aqui?

Ela olhou para ele de forma ameaçadora dando passos felinos em direção a ele que colocou as pastas de lado com uma expressão apologética.
- Ella, acalme-se... - disse ele com as mãos estendidas.

Ella ergueu a varinha e se aproximou até encosta-la na ponta do nariz dele.
- Seu imbecil, quem pensa que é para decidir a minha vida por mim?

- Ella eu só não queria que você se sentisse obrigada a ficar comigo por pena, ou necessidade... - disse ele se abaixando enquanto a pose dela se tornava mais ameaçadora.

- Não tem permissão de me deixar está ouvindo?! - avisou ela.

- Espere.. o que? Não estou entendendo - murmurou ele confuso.

- NÃO QUERO QUE ME DEIXE! - gritou ela.

Kingsley sorriu com os olhos brilhando.
- Não vou te deixar, eu juro. - disse empurrando a varinha dela para o lado com cuidado, ela analisou o rosto dele por alguns segundos e ele se aproximou lentamente a abraçando.

- Só não quero compromisso - sussurrou ela - mas não tenho intenção de me relacionar com outro além de você.

- Serei seu para sempre, não importa o que aconteça. - declarou ele.

A Princesa Mestiça e a Ordem da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora