Capítulo 13 - Impulsividade

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Severo ainda pasmo, viu o diretor rindo, então seguiu o olhar dele até seus pés, e percebeu que foi azarado, as unhas de seus pés cresceram tanto que rasgaram os seus sapatos. Ele rapidamente usou o contra feitiço não verbal, e foi até a porta verificar.
- Onde ela foi?

- Não deve ter ido longe. - disse Dumbledore concertando sua estante de livros com um movimento de varinha.

- Como sabe? - indagou Snape se sentindo dolorido.

- Ela me disse. - respondeu o diretor dando de ombros.

- Te disse como?

Dumbledore tocou com o indicador na própria têmpora.

- Hum, ela tem o costume de fazer isso, mas não acredite nela, ela sempre diz que vai ficar bem, mas se envolve em encrenca! - disse Severo andando de um lado ao outro da sala.

- Aah agora acredita que ela é mesmo sua família?

- Só ela seria louca de me acertar com um feitiço dentro da sua sala, ela usou depulso para esfregar na minha cara o que ela se lembra que eu acertei ela com o mesmo feitiço, e a cicatriz, não tem como fingir aquilo.

- Muitas características nela não tem como se fingir, mas você se negou a ver verdade Severo.

- Eu vi a tia Edithe morta, eu a enterrei, li a carta de suicídio que ela me deixou, o lorde das trevas me contou que Ella havia morrido com meu feitiço e Edithe se matou de tristeza. Eu não poderia imaginar que a pestinha estava viva!

- Não poderia imaginar que Voldemort mentiu pra você? - perguntou Dumbledore com sarcasmo.

Severo se virou e saiu da sala do diretor sem responder.

- Eu gosto muito de você Severo, mas sua impulsividade tende a estragar tudo, seja mais brando na próxima. - falou Dumbledore ainda rindo da situação do colega.

Enquanto isso Ella aparatou próximo a casa de Hagrid, mais exatamente no canteiro de abóboras. As luzes estavam acesas dentro da cabana, ela se dirigiu até lá, mas tropeçou um uma abóbora e praguejou baixinho. Canino o cachorro de Hagrid a ouviu e começou a latir, a porta da cabana se abriu e Hagrid apareceu segurando uma besta onde ele encaixou uma flecha.
- Quem está ai? Apareça!

- Sou eu! - disse a garota acendendo a ponta da varinha.

- Senhorita Prince! O que está fazendo aqui? - disse Hagrid surpreso.

- Me chame de Ella, por favor. - disse ela saindo do meio das abóboras com dificuldade por causa da perna machucada.

- Eu estava terminando de pegar os unguentos, estava só procurando por essência de murtisco, quando a ouvi chegar. - disse ele meio atrapalhado - entre, entre, fique a vontade.

A garota entrou na cabana, estava quentinha e aconchegante.
- Obrigada.

- O professor Dumbledore que a enviou? Eu demorei muito?

- Não, não. Eu tive hummm, um desentendimento com Snape, então vim até aqui.

- Desculpe, eu deveria ter avisado, ele me perguntou porque o Dumbledore não falou diretamente com ele, ai eu expliquei que ele estava ocupado ajudando você, então Snape me perguntou sobre sua aparência e quando falei, ele pareceu perturbado, e correu de volta ao castelo. Eu não imaginei que causaria algum tipo de confusão. - disse Hagrid tristonho.

- Não foi sua culpa, eu e Severo temos uma história longa...

- Sente-se, quer um chá?

- Aquilo são frutas secas? Posso comer um pouco? - disse ela apontando para o armário.

- Claro - disse Hagrid meio sem jeito, pegou o pote e colocou sobre a mesa - pode comer quantas quiser.

Ela pegou o pote e começou a comer apressada.
- Desculpe... Eu estava com fome.

- O que você costuma comer normalmente? - perguntou Hagrid mexendo nos armários.

- Qualquer coisa, exceto carne, meu corpo não aceita carne, se eu comer carne começo a ter sintomas de intoxicação. Acho que é a minha parte corsa falando que é herbívora, hahaha...

Hagrid riu junto. Então colocou sobre a mesa seus famosos bolinhos rochosos, e quadradinhos de chocolate, e um bule gigantesco de chá. Ella comeu tudo, com muito gosto, como se fosse a comida mais deliciosa do mundo, Hagrid estranhou, pois até ele sabia que sua culinária era duvidosa.
- Você gostou?

- Há muito tempo não como comida de verdade.

- Quanto tempo?

- Uns 3 anos eu acho. - disse ela após esvaziar a xícara gigante de chá.

- E o que você comia? - perguntou Hagrid com pena.

- O que tivesse - disse ela dando de ombros, e se levantando da cadeira. - pode me ajudar isso? - perguntou ela apontando para a perna.

- Vou tentar...

- Vou me transformar em corsa, eu tendo a me curar mais rápido na minha forma animal. - ela começou a guardar a varinha quando arregalou os olhos e se virou de frente a porta.

- Ella? Está tudo bem? - perguntou Hagrid confuso.

- Tem alguém se aproximando. - disse ela alarmada e empunhando a varinha.

- Vou ver - disse Hagrid olhando pela janela, mas a garota o puxou com força para trás quase não exercendo efeito devido ao tamanho e força de Hagrid.

- Shhh! Se esconda. - disse ela

- Você sabe quem é?

- Não, mas sinta o cheiro, é magia negra. - cochichou ela.

- Eu não sinto nada - disse Hagrid confuso.

- Shhhhhh! - fez ela colocando o dedo sobre os lábios.

A porta se abriu lentamente, e Ella apontou a varinha e murmurou "relaxo", a pessoa soltou a varinha no chão e tentou pegar novamente quando ela gritou "Flipendo Máxima", a pessoa caiu sentada, mas pegou a varinha, Ella disse novamente "expeliarmus", e antes que tivesse tempo de se defender a pessoa foi atingida e a varinha voou para longe. Ella se aproximou mais com um andar de felino em direção a caça, Hagrid correu em direção a ela.

- Pare Ella! Pare!

- Silêncio! Depulso! - ela disse, e a pessoa voou uns 3 metros pelo gramado.

- Ella pare! É o professor Snape! - disse Hagrid para a garota.

Ela sorriu maldosamente.
- Eu sei. Não vou machuca-lo, fique tranquilo.

Hagrid ficou surpreso, mas a garota não parou, ela lançou um feitiço atrás do outro, Snape só teve tempo de cobrir o rosto com as mãos. "Levicorpus" ela pensou, e Snape ficou pendurado no ar.
- Mictoris! Bigodius Engorgius! Socare Pandus Maxima! Orechius Fumus! Florus Orelhis! Papus Sapus! Besus Nasus!

- Pare Ella, isso é maldade!

- Não, não é. Isso é maldade... - ela apontou a varinha para Snape que estava  se retorcendo no chão, mas um estrondo a impediu, uma pena vermelha caiu na mão dela, a garota pegou a pena e bufou com tédio. - Salvo pelo gongo - murmurou ela para Severo.

Mas então apontou a varinha de volta para ele e disse:
-Perversus Lembrancis - e desaparatou.

A Princesa Mestiça e a Ordem da FênixOnde histórias criam vida. Descubra agora