05.

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Quando acabou as aulas do dia, eu já estava de saco cheio de aturar a Lara. Como eu pude achar por um momento que essa menina poderia ser legal? 

-Vamos, Arthur? -Perguntei quando já estávamos no pátio. 

-Poxa Le, eu vou sair com a Lara. -Ela o abraçou. 

O Guilhermo não estava com a gente. Ele se deu bem com os meninos no futebol e acabou indo para quadra com eles jogar, assim que acabou a aula. 

-Você passou as férias todas com ela. Achei que a gente podia ver um filme ou sair, sei lá. -Não vi nada demais no que disse. Por mais que eu gostasse dele, era comum fazermos esse tipo de programa. 

-Vocês saem depois. A gente marcou isso hoje cedo. Não é, Amor? -Lara falou com uma voz que me deu nojo. Arthur não sabia o que responder, mas não demorou muito a tomar a decisão. 

-É. Marcamos algo amanhã. -Ele falou sem graça e com um sorriso de desculpas.

-Poxa amor, amanhã você prometeu a minha mãe que ia lá em casa e na quarta você disse que ia ajudar meu pai com o carro dele. -Lara continuou falando. Parecia mais uma secretária do que uma namorada. Arthur me olhou com olhar de desapontado. 

-Já entendi. Você tem coisas mais importantes a fazer. -Vi a Carol saindo do colégio com alguns amigos. -Carol! Eu vou com vocês! -Gritei e fui até ela sem nem me despedir do casal. 

-Elena! -Ele me chamou, mas eu já estava com a minha irmã e seus amigos.

-Brigou com o Arthur? -Uma das amigas da Carol, a Milena, perguntou. 

-Ele vem sendo um babaca. -A Carol respondeu. Ela vivenciou todo o drama das minhas férias longas e solitária sem o Arthur para sair comigo. 

-Para de viver de vela, garota! Fica com a gente. -A mesma menina falou. 

-É, você é legal. -O Téo, melhor amigo da Carol, falou. 

-Vai ser meio difícil no começo diferenciar as duas, mas a gente aprende. -Pedro, o menino do futebol, falou. -Elena? -Ele perguntou apontando para a Carol. 

Eu dei uma risada e a Carol um tapa no dedo dele. 

Eu sempre tive uma imagem muito errada dos amigos da Carol, sabia que eles eram legais, mas não a ponto de me acolherem assim, do nada.

-É, vai ser bom mudar os ares um pouco. -O Pedro me abraçou de lado e fomos embora. Não estranhei o gesto, que apesar de não termos contato direto, sempre soube como ele era.

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