As três primeiras aulas passaram rápido e logo tocou o sinal do intervalo. Saímos da sala e fomos para um canto, onde ninguém ficava.
-Eu tenho uma coisa para falar. -O Guilhermo começou. -Ano que vem eu vou voltar para a Itália.
-O que? Como assim? -O Rafael disse.
-Você não pode ir. -Celeste completou.
-Deixa ele falar. -Falei me encostando no Téo.
-Mas antes, eu estava combinando uma viagem para Natal com a Elena, mas tivemos a brilhante ideia de chamar todo mundo. Vocês topam?
-Eu topo. -O Téo falou. Sei que alguns pensaram que foi apenas para eu não ir sozinha com o Guilhermo, mas não foi. O Téo, apesar de ter ciúmes de mim com o Guilhermo, era muito amigo dele.
-Eu também. -Todos falaram.
-Vejam com os pais de vocês antes, seus loucos. -Carol falou. Ficamos conversando mais um tempo até que a Lara veio atrapalhar a nossa paz.
-Chegou quem não faltava. -Caio falou e a Lara olhou feio para ele.
-Eu fiquei sabendo que o Arthur acordou. Vou ir vê-lo hoje.
-Querida, desculpe, mas ele não quer te ver. -A Carol falou.
-Como ele pode não querer me ver? Sou a namorada dele.
-Ex. Ex namorada. -Falei.
-Era isso que você queria, né? -Ela falou se virando para mim. -Téo, querido, abre seu olho que a Eleninha sempre quis o Arthur. Está com você porque não teve oportunidade de ficar com ele.
-Ah, me poupe Lara. Não posso fazer nada se o Arthur reparou a pilantra que você é. -Falei olhando para ela. O Téo me segurava para eu não acertar um soco no meio daquela cara de piranha dela.
-Você não vai ter ele para você.
-Ótimo, porque eu não quero! Estou muito bem com o meu namorado. -Falei.
-Agora que você desgrudou do Arthur, porque não volta para sua vida de piranha? -O Téo falou.
-Tenta pegar qualquer um dos meus amigos, que eu dou na sua cara. -A Carol falou e a Lara saiu rebolando toda irritada.
-Se qualquer um de vocês, pegar a Lara eu corto as bolas de vocês. -A Carol disse e os meninos riram. Ela sempre foi bem irritadinha.
-Relaxa Carol. O recado foi dado. -O Igor falou. Os meninos foram chamados para jogar futebol e todos eles foram.
-Como estão as coisas com o Téo? A Carol falou do passeio de vocês. -Celeste falou.
-Foi maravilhoso... Eu e ele...
-Vocês transaram? -Milena perguntou.
-Sim e foi muito bom. Ele foi um fofo comigo.
-Minha irmã não é mais virgem? Como assim? -Ela falou quase gritando. Sorte que não tinha ninguém perto.
As meninas ficaram anos falando de mim e do Téo que o papo rendeu até o final do intervalo.
As últimas aulas voaram e logo o sinal da saída tocou.
-Elena, faz séculos que a gente não conversa. Vamos para casa? -A Carol me perguntou. Lembrei do Arthur, mas mandaria um SMS para ele e tudo estaria resolvido.
-Vamos. -Falei sorrindo para a Carol.
-Eu levo vocês. -O Téo falou.
-Não. Eu quero ir a pé. -A Carol falou.
Dei um selinho no Téo, que me puxou para um beijo que eu retribui.
-O casal, vamos parando ai. -Pedro falou colocando o braço entre a gente.
Téo deu um pesco-tapa no Pedro, mas deixou eu ir com a Carol. Nos despedimos de todos e fomos embora.
-O que de tão especial você quer falar comigo? -Perguntei enquanto caminhávamos. Fazia tempo que não andava a pé.
-Nada ué. Só jogar conversa fora. -Ela falou. -O Pedro me chamou para sair amanhã. -Ela falou com um sorriso no rosto.
-Você ainda gosta dele?
-Eu amo o Pedro, mas acho que ele só quer me pegar mesmo.
-Ah, dá uma chance. Talvez ele goste de você de verdade.
-Elena, estamos falando do mesmo Pedro? -Ela perguntou me olhando.
-Você vai amanhã, né? -Ela assentiu.
-E você e o Téo?
-Eu o amo, Carol. -Falei.
-Desejo toda felicidade do mundo para vocês. -Chegamos em casa e comemos alguma coisa. Ficamos conversando até umas três horas, depois fui para o hospital ficar com o Arthur.
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Por que você ?
RomanceElena, uma menina que muda completamente suas amizades. Antes, amiga de apenas um menino que por sinal era apaixonada, Arthur, que a trocou pela namorada. Agora, se juntou com os amigos da irmã, Carol, e um aluno novo, Guilhermo. Será que daí pode s...