102.

2K 111 4
                                    


-Eu concordo com a Carol. Ela nunca procurou por nós e nunca se interessou na nossa vida. Ela tinha a família dela e esqueceu que teve duas filhas. Amei ter conhecido o Arthur, mas foi ele que nos uniu e agora que ele se foi, acho que deve ir também. -Minha mãe balançou a cabeça e deu uma risada. 

-Vocês vão colocar uma mãe de luto na rua? -Ela me olhou e depois olhou para o meu pai.

-Não vou te botar na rua. -Meu pai disse. -Você apenas não vai morar aqui. Vou te entregar a chave do apartamento lá da Barra e você vai embora. 

-Por agora, eu deixo ele fazer isso, pois sei como você se sente mal, diferente se tivesse sido eu ou a Elena que tivessémos falecido. Mas, anota o que eu to te falando, você não vai ficar naquele apartamento para sempre, até porque eu já tenho planos de me mudar para lá para fazer faculdade.

Ela assentiu com a cabeça. Eu sempre dei razão a minha irmã e sempre concordei com tudo que ela falava, mas, às vezes, ela tem de falar as coisas certas nas horas mais erradas possíveis. 

-Já entendi. -Ela disse. -Vou arrumar as minhas coisas. -Ela levantou do sofá e foi para o quarto de hóspedes. 

-Vocês têm certeza disso? -Meu pai perguntou se levantando e parando na nossa frente. A Carol me olhou e eu a olhei. Com o olhar tivemos nossa certeza.

-Sim. -Respondemos juntas. Meu pai abriu os braços e eu e minha irmã levantamos no sofá e nos aconchegamos neles. 

-Amo vocês. -Ele disse.

-Também te amamos pai. -Eu disse por mim e pela Carol.

-Bom dia. -O Arthur apareceu na sala. 

-Bom dia amor da minha vida. -Falei um pouco animada. 

-Por que toda essa demonstração de afeto grátis? -Ele perguntou esfregando a cabeça com cara de quem acabou de acordar. 

-Por nada. 

-Bom, crianças, preciso trabalhar. Se cuidem. -Meu pai disse beijando a minha testa e a testa da Carol, quando chegou ao Arthur ele o deu um abraço e depois foi embora. 

-Carol, seu namorado está chamando todo mundo para ir para casa dele, para a gente almoçar lá e ficar na piscina, não sei. 

-Por que não mencionou o meu nome? -Falei indignada.

-Porque eu não sabia que você ia querer ir e até falei para ele que só iria se você fosse. -O Arthtur disse e me abraçou. 

-Eu vou sim. -Suspirei. -Preciso dos meus amigos de volta. Daqui a algumas semanas vamos estar estudando e sexta o Guilhermo vai embora. -Sorri para o Arthur. 



Por que você ? Onde histórias criam vida. Descubra agora