77.

2.3K 151 4
                                    

Após o nosso mergulho, que passou muito rápido para o meu gosto, a gente foi comer em um restaurante perto da praia.

-Aceita, Celeste, você não teria coragem de levar e gritar que você luta pela proteção dos peixes.

-Cara, como a gente chegou nesse assunto? -Perguntei rindo.

-Teria sim. Em um momento de loucura, mas teria. -Celeste falou revoltada por não acreditarem nela.

-Prove. -Igor falou rindo. 

-Eu faço se todo mundo durante o dia fizer alguma loucura insana também. -Ela disse com um sorriso sarcástico no rosto. 

-Me tira dessa. -A Carol falou sem nenhum entusiasmo. Tá legal, ela está muito mal, pois nunca recusaria uma proposta dessas. Ela sempre foi meio louquinha e longe dela, em sua consciência plena, recusar um negócio desses. 

-Qual é Carol? Você adora essas coisas malucas. -Guilhermo falou.

-É, você tem razão. -Ela deu um sorrisinho e acabou aceitando. -Só que a Celeste vai primeiro. -A Celeste revirou os olhos e a gente riu. 

Ela se levantou e bateu na mesa.

-Eu, Celeste, luto pela proteção dos peixes e acho injusto que todos comam esses lindos animais que colorem e melhoram o nosso mundo. Me recuso a ficar nesse lugar, onde os peixes são fritos e assados! -Ela gritava enquanto todo mundo do restaurante olhava para ela. -Vejo vocês no hotel. -Ela sussurrou para gente e saiu andando. Nos acabamos de rir e as pessoas ainda olhavam para a gente.

-Vocês são idiotas. -O Paulo falou rindo. -Ela foi a que mais comeu e vocês a livraram de pagar a conta. 

-Isso é o de menos. Ela paga da próxima vez. -Caio falou. -Quem é o próximo? 

-Eu. -Igor falou. 

-Você vai ter que ir lá areia e achar um grupo de pessoas, então você vai chegar e dizer que é um tritão e vai sair correndo para o mar. -Rafael disse rindo.

-Qual o problema de vocês? -Falei rindo e dando a última garfada no meu almoço.

Nosso dia passou assim... O Caio e o Paulo criando umas coisas loucas para cada um de nós fazer. Algumas demoravam mais que outras, como, por exemplo, o Paulo teve que arrumar uma menina para ficar e depois que eles ficaram, teve que dizer para ela que ele era um E.T e que estava prestes a abduzi-la. Resultado: ele levou um tapa na cara. 

Já era noite e resolvemos acampar na praia, já que o nosso hotel era na frente de uma. As loucuras insanas já estavam acabando, só faltava eu e a Carol. Os meninos estavam discutindo para ver quem ia por último, embora eu tenha dito que não queria ser a última.

-Ótimo, a Elena vai ser a última. -Caio falou sorrindo e abraçou a Carol.

-Lá vem merda. -Ela falou.

-Correr...

-Diz uma coisa boa sobre mim que ninguém aqui saiba. -O Pedro falou interrompendo o Caio. A Carol lançou um olhar assassino para ele, assim como eu. Não tive tempo de conversar com ele desde o incidente e precisava disso. Tenho que entender o que aconteceu para ele ter sido tão idiota com a Carol. No canto de seus lábios, era possível o ver escondendo um sorriso. 

-Correr pelada? Prefiro. -A Carol perguntou se direcionando para o Caio, ignorando a provocação aparente do Pedro. Não sei o que ele tinha em mente, mas nossos amigos ficaram divididos em saber se ele fez aquilo pois era um idiota total e queria provocar, ou se ele queria saber se sairia algo positivo da minha irmã em relação a ele. 

-Sinto muito, Carol, mas regras são regras. Ele falou uma loucura primeiro, bem louca e até pois em risco a própria vida, você tem que cumprir. -A parte de por em risco a própria vida foi zoeira, pois vocês sabem como é a minha irmã...

A Carol bufou.

-Ele é bom na cama. -Os olhos dele se arregalara. -O que é? Ao menos que você tenha transado com alguém aqui, ninguém sabe disso. -Ela falou com uma certa impaciência e indiferença na voz. 

-Tá certo. -Paulo falou.

-Agora é sua vez, Elena. -Igor falou e eu senti um ar de cumplicidade entre todos os meninos. Um calafrio passou por todo o meu corpo.

Por que você ? Onde histórias criam vida. Descubra agora