64.

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Corri da casa do Guilhermo até a minha, quando percebi que em menos de duas horas deveria estar pronta e esperando o Paulo bater lá em casa.

Ao chegar em casa, dei de cara com a Carol e a nossa mãe discutindo. Olhei para o topo da escada e vi o Arthur sentadinho escutando tudo o que estava acontecendo sem se mexer.

-Ou! -Gritei chamando a atenção das duas que pararam de gritar para me olhar.

-Vai se arrumar, Carol. O Téo vai chegar logo. -Indiquei com a cabeça o topo da escada, eperando que ela pegasse a referência que o Arthur olhava as duas.

-Estou indo. -Ela disse grossa. Ufa! Ela pegou a referência.

A Carol subiu a escada e a minha mãe subiu logo atrás. Não fiquei para trás e fui para o meu quarto, que para quem não lembra, era junto com a Carol.

Fechei a porta.

-Pelo menino, tenta ser legal. -Ela revirou os olhos, mas acabou aceitando. Minha irmã é cabeça dura, mas não é uma sem coração. Sei que ela ficou chocada e impactada com a situação do Arthur e se seu orgulho não for tão grande, sei que vai fazer amizade com ele logo.

Não falei mais com ela e fui tomar o meu banho.

Exatamente uma hora depois eu estava completamente pronta. Quando saí de casa o meu namorado já estava na sala esperando a Carol, pelo menos, umas meia hora. Dei um selinho rápido nele e saí com o Paulo assim que ele chegou.

-Você está linda. -Ele disse assim que me viu.

-Você também. Nem parece o Paulo de sempre. -Disse sorrindo.


A festa estava maravilhosa e o povo do meu ano não chorava mais. Os casais estavam formados. Acabou que quando chegamos na festa eu fui ficar com o Téo, depois que o Pedro foi atrás da Carol.
Tudo estava dando certo e todos se divertiam muito, até que a minha colega de classe e organizadora da festa disse que anunciariam o rei e a rainha do baile.

-Boa noite galera. Espero que estejam gostando da festa. -Todos gritaram um "uuhl". -Ótimo, ótimo! Vamos ao que interessa. A rainha é... -Ela abriu um envelope. -Carol. -Todos bateram palmas e esperaram a minha irmã subir ao palco para receber a coroa dela.

-E o rei da noite é...

-Se ela ganhou, isso só aumenta as chances do... -Sussurrava enquanto a menina falava.

-Pedro. -Todos bateram palmas.

-Isso! -Falei alto e o Téo escutou.

-O que foi?

-Eu e o Guilhermo apostamos se ele seria ou não o rei do baile. -O Téo riu e me abraçou por trás.

-Apostaram o que? -Hesitei antes de responder.

-Como eu ganhei, ele vai me contar quem é a menina que ele gosta. -O Téo me soltou e me fez virar para ele. Seu rosto, que antes tinha uma expressão descontraída, agora estava rígida e desconfortável.

-Por que você quer saber isso, Elena? -Ele estava sendo um pouco grosso. Não sabia o que responder. Curiosidade, talvez?

-Sei lá, Teodoro. Foi falta do que apostar. -Dei de ombros.

-Dá próxima vez que não tiver nada útil para apostar, não aposte. -Ele disse todo irritadinho e saiu de perto de mim. No primeiro momento tentei ir atrás dele, mas, como todo mundo dançava, era impossível acompanhar ele.

Eu tinha duas escolhas: 1- Ficar correndo atrás do Téo para descobrir o por quê dele ter ficado todo putinho. 2- Ir me divertir com minhas amigas.

Claro que eu escolhi a segunda opção. Quem sabe se eu tivesse feito algo errado, eu iria atrás dele.


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