-A cirurgia foi um sucesso e ele vai acordar logo. -Respiramos aliviados. Mas a médica continuou a falar. -Mas eu preciso falar urgente com os pais dele. -Ela disse apreenciva. O que deixou todos nós tensos novamente. Ela falou enquanto andávamos para o primeiro andar, mais precisamente para a sala de espera.
-Ele corre algum risco? -O Pedro perguntou. Nesse momentos estávamos na sala de espera. Apenas nós cinco.
-Não sei se deveria dizer isso, mas o amigo de vocês tem leucemia em fase terminal. Eu não sei muito, mas pelo que consta no sistema, ele parou de responder aos tratamentos no início do ano. -Queria poder dizer que tudo isso foi um tremendo engano... Um pesadelo que daqui a pouco vou acordar e ver que tudo está bem. Pior que saber que o Rafael tem leucemia, é saber que o Rafael tem leucemia e guardou tudo isso para ele por todo esse tempo. Ele não nos contou e em partes entendo. O Rafa sempre foi forte demais para aceitar o fato das pessoas olharem com pena para ele. Queria gritar com ele por ter escondido isso da gente, mas, ao mesmo tempo, queria dizer o quanto eu sou grata por ter ele na minha vida. Queria discutir com ele, mas, ao mesmo tempo, só queria ouvir um "tudo vai dar certo".
-Quanto tempo? -A Carol perguntou encarando o chão.
-É difícil dizer...
-Quanto tempo? -Ela insistiu.
-Até o fim das férias, talvez. -Ela disse abaixando a prancheta e olhando para cada um de nós. O Pedro abraçou a Carol no mesmo instante que o Guilhermo me abraçou. Não sei a Carol, mas eu comecei a chorar igual a uma louca. Não queria aceitar que além de perder o Arthur, meu meio irmãozinho, vou perder o Rafael, ainda mais para a mesma doença. Só de pensar no meu mundo sem os dois, meu coração apertou e chorei mais ainda. -Peço que não contem para a Celeste e nem para a Milena, elas estão muito sensíveis, principalmente a namorada. -A médica disse e saiu de perto da gente.
Não contei quantos minutos ficamos ali. Eu e a Carol chorando, o Pedro e o Guilhermo se fazendo de fortes para não chorar junto com a gente e nos deixar piores ainda. Só paramos quando os pais do Rafael apareceram na sala de espera.
-Cadê o meu filho? -A mãe dele, Júlia, perguntou desesperada. Cézar, seu marido e pai do Rafael, estava com as mãos no ombro da mulher.
-Ele está na UTI. Ocorreu tudo certo na operação. -O Pedro falou com a voz chorosa. Nunca cheguei a perguntar quando os dois se conheceram, mas sei que tem muitos anos.
-Preciso ver meu filho. -Ela disse mais calma e foi para a recepção. Sozinha. O Cézar ficou olhando para nós sem falar nada.
-Câncer? -O Pedro falou olhando para o Cézar. -Sério? -Seu tom não era acusátorio. Ele não estava culpando ninguém pela omissão.
O Cézar balançou a cabeça.
O Pedro andou até o pai do amigo e o abraçou. Os dois choraram juntos.
-Vai ver o seu filho. -O Pedro falou se afastando do Cézar. Ambos limparam as lágrimas.
Cézar balançou a cabeça e saiu da sala de espera.
Sentei na cadeira e os meus amigos fizeram o mesmo.
Ficamos um bom tempo em silêncio, até o Pedro quebrar com as palavras que ele tirou dos meus pensamentos.
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Gente linda do meu coração !! Eu estou MUITO feliz pelos comentários que algumas pessoas deixam nos posts, pois nunca achei que alguém iria ler e gostar das minhas histórias !!! Obrigada a todos que votam e comentam aqui. Um beijo grande para todos vocês...
E só passando para avisar que sexta ou sábado farei uma maratona de uns 5 ou 6 capítulos...
Beijinhoos e mais uma vez MUITO obrigada !!!
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Por que você ?
RomanceElena, uma menina que muda completamente suas amizades. Antes, amiga de apenas um menino que por sinal era apaixonada, Arthur, que a trocou pela namorada. Agora, se juntou com os amigos da irmã, Carol, e um aluno novo, Guilhermo. Será que daí pode s...