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No sábado a tarde fui para casa do Téo como combinado. A mãe e o pai dele sempre foram bem legais comigo e nunca me confundiram com a Carol. A mãe do Téo fez um banquete enorme para me receber e não recusei nada.

-Então, queridos, estão juntos desde quando? -A mãe do Téo perguntou. O Téo me olhou e eu olhei para ele. Ele arregalou os olhos e eu dei de ombros. Seria eu uma namorada muito ruim por não saber isso? Por que, né, todas as meninas que eu vejo sabem a data de quando começou a namorar, ou quando ficaram pela primeira vez, mas a verdade é que nunca me importei com datas.

-Ah... Estamos juntos há quase um ano. -O Téo falou todo enrolado.

-Como vocês não sabem a data que começaram a namorar? -A mãe dele perguntou aparentemente assustada e estendeu a mão para o marido. -Lembro até hoje o dia em que eu e seu pais começamos a namorar. 

-Ah, mãe, não acho que isso seja importante. -Téo deu de ombros e continuou comendo. 

Terminamos de comer e ficamos a tarde toda na sala conversando. Eu, o Téo e seus pais. Não os conhecia tão bem quanto a Carol, mas posso dizer que eles são bem legais. Me voluntariei para chamar os pais do Téo para almoçarem lá em casa no final de semana que vem e eles toparam na hora.

 Umas 6 horas da noite eu e o Téo fomos caminhar na praia antes dele me deixar em casa.

-Quer fazer algo amanhã? -Ele perguntou.

-Vou sair com o Arthur, faz séculos que a gente não sai. -Segurei a mão dele e continuei caminhando pela areia, sentindo a água bater nos meus pés. 

-A Carol está me trocando pelo Pedro. -Ele parou de caminhar e me olhou com um olhar triste. Consegui sentir sua tristeza e uma raiva tomou conta de mim. Não estava tão próxima da minha irmã e não tenho ideia de com quem ela passa o tempo dela quando eu estou com meus amigos, mas pelo o que o Téo está falando, não é com ele. Será que ela tem ficado com o Pedro todos os dias e está deixando o Téo de lado? 

-Por que acha isso? 

-Sempre que eu tento chamar ela para sair, ela me diz que não dá e que tem que ficar com o Pedro. Elena, ela está ficando obcecada por conquistar o Pedro que vai acabar o perdendo. 

-Eu vou ter uma conversa séria com ela hoje. -Sei como é a minha irmã, sempre que ela quer algo, fica em cima até conseguir, mas não é assim que ela vai conseguir o Pedro. Ele é muito mulherengo, de todos meus amigos, o mais mulherengo, não é sendo grudenta que a Carol vai conseguir ele. 

O Téo não tomou mais no assunto "Carol". 

Ele colocou os dois braços em volta da minha cintura e me beijou. Não senti todas aquelas borboletas que falam nos livros, mas eu gostava do beijo do Téo. Era um beijo bom e me fazia querer mais. Talvez, não exista toda aquela idealização dos filmes e livros. Não existe aquele amor que você não consiga viver sem e que sua felicidade depende da do outro, só existe o amor. Amor que você quer estar junto da outra pessoa e que você abriria mão da sua felicidade pela do outro.

-Eu te amo, Elena. -Ele falou terminando o beijo com selinhos.

-Eu também te amo. -As palavras pesaram na minha consciência e na minha boca. 

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