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-Vai Guilhermo. Sua vez de fazer o discurso. -A Carol falou. 

-Tá bom. -Ele disse. -Bom... Esse ano que passei aqui, com toda certeza foi o melhor ano da minha vida. Eu conheci pessoas maravilhosas e lugares incríveis. Tudo que eu achava saber de amizade, quando eu conheci vocês, percebi que não sabia porra nenhuma. Todas as pessoas que eu chamava de amigo da Itália, não são nada comparados ao que vocês são para mim. Caio, Igor, Paulo, Pedro e Rafa vocês são os melhores e posso dizer que vocês me abrasileiraram e sou grato a vocês por isso, pois não tem gírias mais malucas do que as de vocês e, saibam que apesar de eu estar voltando para a Itália, eu nunca vou conseguir voltar a ser apenas um italiano, pois agora eu sou tanto italiano quanto brasileiro e digo isso com orgulho, já que meus melhores amigos são brasileiros. Também tenho que agradecer por me ensinarem a jogar futebol e a andar de skate. Celeste, Milena e Carol vocês são as melhores amigas que alguém poderia querer e eu tenho muita sorte de ter encontrado vocês. Só tenho a agradecer por todos os conselhos e dicas, por todas as risadas que demos juntos e por vocês estarem sempre ao meu lado me apoiando. Arthur, obrigada cara, por todos os puxões de orelha, sermões, brigas, conselhos e dicas que só um amigo e o melhor irmão poderia dar. Faz tempo que deixamos de nos tratar como amigos e passamos a nos tratar como irmãos e,cara, você é o melhor irmão que alguém poderia querer. Elena, obrigada por ter sido a primeira pessoa a falar comigo na escola e por ter me apresentado vários lugares incríveis no Rio de Janeiro, mas não é isso que eu mais quero te agradecer. Eu quero te agradecer por ter dado uma nova visão do que é o amor e do que é estar junto de álguem, algo que eu via com tanto maus olhos. Mas agora eu sei que estar com outra pessoa, não é ser escravo dela e aceitar tudo que ela fala. Estar com outra pessoa é dividir momentos, risadas e sentimentos. Você é a menina mais incrível que eu conheci e eu moveria o monte fuji só para ver um sorriso seu... Agora, quando eu olhar um palhaço eu não mais ter medo, eu vou lembrar de todos vocês e vou até sorrir, ou tentar pelo menos. Quando eu for para uma praia ou para um hotel, vou lembrar do começo da nossa viagem e de todas as outras vezes que saímos juntos. Enfim, resumindo tudo em poucas palavras, vocês são inesqueciveis e não vai ser a Itália que vai me fazer esquecer de vocês.

Nós aplaudimos o discurso do Guilhermo. 

Em nenhum de nossos discursos, falamos "eu te amo", pois essas três palavras eram poucas para explicar e descrever o nosso sentimento. Passava de amizade e passava de amor. Éramos uma família e para sempre vamos ser. 

Olhei para os pais do Guilhermo e eles se abraçavam com todo amor e paixão que as pessoas costumam dizer que casais casados não têm. 

Ficamos conversando por mais algumas horas, agora sem a presença dos pais do Gui e depois cada um foi para sua casa e acabamos marcando de nos encontrar amanhã no aeroporto às oito da manhã. A hora da despedida foi uma tristeza completa. 

Por mais que eu quisesse ficar com o Guilhermo, ele precisava terminar de arrumar as coisas dele. 

-Tchau Gui. -Falei para ele. O Arthur e a Milena me esperavam do lado de fora.

Ele me segurou pela cintura e me beijou. Ahh, como eu amava o beijo dele e a sensação de borboletas no estômago. Não queria ter que me separar dele, não queria ter que morar mais de nove mil quilometros dele. 

-Fala "fica" que eu desisto de tudo e fico aqui. -Ele disse parando o nosso beijo e me olhando nos olhos. 

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