57.

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Não sei bem o que aconteceu nos segundos seguintes, mas quando me dei conta o Guilhermo já estava de pé segurando os dois capacetes com uma expressão nada confortável.

-Vem! Vou te deixar em casa. -Assenti. 


Entrei em casa e dei de cara com a Carol e o Pedro se pegando em um sofá e no outro a Milena e o Arthur. Fui para o meu quarto sem fazer barulho, mas foi em vão. Os quatro me viram.

-Seu namorado me ligou querendo saber de você. -A Carol disse empurrando o Pedro para que ele parasse de beija-la para que pudesse falar. -Ligue para ele. -Foi tudo que ela disse antes de voltar a beijar o Pedro.

-Não durma, Elena. Quero triocar uma ideia com você ainda hoje. -Disse sem parar de beijar a Milena. 

Revirei meus olhos, já sabendo que viria merda. Fui para o meu quarto e liguei para o meu lindo namorado. 

-Oi Amor, como está seu avô? -Ele atendeu no segundo toque.

-Ele está ótimo. Amanhã bem cedo vamos para casa. 

-Fico feliz.

-E como foi no circo? Fiquei sabendo que voltou de moto com o Guilhermo, conseguiu superar seu medo? -Apesar do nome do Guilhermo estar entre suas palavras, seu tom era casual e sem resquicios de ciúmes ou raiva, afinal, não havia motivos para tal e os dois são amigos. 

-Foi muito bom. Amei demais, precisamos fazer esse passeio. Apenas eu e você. -Mordi o lábio inferior e naquele momento, percebi o quanto desejava ter o Teodoro naquele momento. Ignorei meu pensamento já que não poderia tê-lo agora. -Ai Téo, foi muito bom andar de moto! No começo eu me senti meio amedrontada, mas depois gostei. Foi bom sentir o vento no meu rosto e tudo mais. Você sabe pilotar moto? 

-Sei sim. -Pude ouvir uma risada ou outro lado do telefone. -Qualquer dia te levo para dar um passeio de moto nas montanhas do Rio de Janeiro. -Dei um sorriso.

-Ok. Vou cobrar. -O Arthur apareceu na porta do meu quarto. -Amor, tenho que desligar, parece que o Arthur quer falar comigo. 

-Ok, meu amor. Amanhã eu passo na sua casa para gente almoçar lá em casa. 

-Ok. Te amo.

-Também te amo. -Ele desligou e eu guardei o celular no bolso. 

O Arthur foi entrando no quarto e deixou a porta aberta. 

-Se você vai falar merda, sugiro que feche a porta antes. -Ele se virou, foi até a porta e a fechou.

-Elena, eu não vou mais encher seu saco falando o que eu penso ou o que eu vejo transparecer. A vida é sua, você sabe o que faz e mais, sabe com quem fica e quem ama. Só quero dizer que vou estar aqui caso precise de um ombro amigo. Você sempre vai ter o ombro do seu melhor amigo, seja para chorar ou apenas para descançar. -Ele abriu os braços e eu me encaixei em seus braços, deixando a minha cabeça apoiada em seu ombro. Pensei por alguns segundos no que ele disse, mas cheguei as mesmas conclusões que das outras vezes, eu amo o Téo e o Guilhermo é apenas meu amigo, como todos os outros. 

-E você e a Milena? Vai rolar algo sério? -Me soltei de seus braços.

-Sei lá, Elena. Acabei de sair de um relacionamento bem conturbado. -Ele sentou na ponta da minha cama. -Mas posso dizer que gosto da companhia dela. 

-Arthur, Arthur! Você sabe que está brincando com fogo quando pega uma amiga. Não querendo ser chata, mas já sendo, se você não vai querer nada, deixa isso bem claro para depois ela não ficar sofrendo pelos cantos. 

-Pode deixar, Senhorita, vou me resolver com ela. -Ele abriu os braços. Caminhei até ele e sentei em seu colo. 

-Vamos sair domingo? Faz tempo que não fazemos algo. 

-Bora. 

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