-Vem andar com a gente, Elena. -Guilhermo chamou. Ele não andava tão bem quando os outros meninos, pois não tinha costume de andar na Itália, mas estava aprendendo rápido.
-Não. -Ele largou o skate e veio me puxar.
-Não deixe o Arthur guiar a sua vida. -Ele sussurrou em meu ouvido. Me arrepiei toda, mas espero que ele não tenha percebido. Ele me deu o skate dele e dei uma volta para acostumar com ele. Depois fui para a pista.
-Estou vendo direito? -Pedro falou e eu dei língua para ele.
-Isso é um milagre! -Paulo levantou as mãos para o céu.
-Parem de ser idiotas. -Preparei o skate e com o impulso que ganhei descendo a primeira rampa, consegui, junto a algumas remadas, dar a volta na pista toda.
E que saudade que eu estava daquela sensação de liberdade. Tá que eu lembrei do Arthur no começo, mas depois eu só aproveitei a sensação de liberdade que era muito boa.
Voltei para onde os meninos estavam.
-É Guilhermo, até a Elena anda melhor que você. -Rafa deus uns tapinhas no peito dele.
-Relaxa Guilhermo, você consegue aprender e um dia ser melhor que eu, mas vai ter muito trabalho. Ando desde os 8 anos.
-Não perdeu nem um pouco da prática, heim. -Téo falou e eu sorri para ele.
-Achei que levaria um tombo bonito. -Devolvi o skate do Guilhermo e fui ficar com as meninas, afinal elas me matariam se eu trocasse elas por meninos e skate.
-Está se sentindo bem? -A Carol perguntou com um sorriso enorme no rosto.
-Estou ótima. -Me sentei no colo dela.
-Não sabia que você andava. -Celeste falou.
-Não é um hobbie que eu quero voltar a ter. -Dei de ombros. Apesar da ótima sensação, não me via andando de skate em um futuro.
Fiquei conversando com as meninas, até o Téo aparecer.
-Vamos, Elena? -Assenti para ele. -Está de pé a nossa noite, Carol? -Ela assentiu.
Incrível, que eu nunca senti um pingo de ciúmes do Téo com ninguém, nem com as muitas ex dele. Caminhamos até uma pracinha onde tinha uns brinquedos e umas crianças brincando.
-Está feliz? -Perguntou se referindo a hoje mais cedo.
-Sim, achei que nunca mais pisaria em um skate. Mas não é uma coisa que eu queira voltar a fazer.
-Gostei de te ver lá.
-Que dizer que você está me trocando pela minha irmã? -Falei zoando e mudando o rumo da conversa.
-E tem diferença? -Falou fazendo uma cara de desentendido e eu dei um tapinha no ombro dele.
-Ridículo. -Ele riu.
-Na verdade, estou trocando sua irmã por você.
-Nem brinca! -Falei alterando um pouco o tom de voz.
-Não vou trocar nenhuma das duas. Vocês são especiais para mim.
-Ótimo! -Ficamos em silêncio por um tempo. Dava para ver pela cara dele que ele queria falar alguma coisa, mas ele parecia...Nervoso.
-Elena...
-Téo...
-Eu nunca fui bom com as palavras, mas gostaria que você soubesse que esses meses com você foram maravilhosos. Eu sentia que se eu tivesse você não precisaria de mais ninguém. Desde quando a gente começou a ficar, eu não quis ficar com mais ninguém e ainda não quero! Eu quero você. Quero poder te chamar de minha e cuidar de você, para sempre. Elena, você quer namorar comigo? -Não sabia o que responder, então apenas o beijei.
-Isso é um sim? -Ele perguntou sorrindo.
-Sim. -Respondi sorrindo.
Eu gostava do Téo e sabia disso. Eu gostava da sensação que ele me passava e gostava de estar com ele. Gostava dos sorrisos bobos que ele me tirava e ainda mais, amava a forma que ele cuidava de mim e me tratava. Talvez, eu o ame. Mas não sei se ele também me ama.
Ficamos ali na praça mais um tempinho de melação e depois fomos para minha casa. Já que ele passaria a noite com a Carol. Fiquei no meu quarto para não atrapalhar.
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Por que você ?
RomanceElena, uma menina que muda completamente suas amizades. Antes, amiga de apenas um menino que por sinal era apaixonada, Arthur, que a trocou pela namorada. Agora, se juntou com os amigos da irmã, Carol, e um aluno novo, Guilhermo. Será que daí pode s...