105.

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-Eu te amo Rafa... Eu e todos nós... E eu sei que você ainda vai ter longos meses pela frente. Você e a Celeste ainda vão poder ser felizes por um tempo e você vai poder mostrar para ela o quanto a ama. -Falei limpando suas lágrimas. -Ainda vamos nos divertir muito antes da sua partida. 

-Eu também te amo Elena e obrigado, por tudo. Sei que você não se sente confortável guardando esse segredo enorme, mas você está fazendo isso por mim e eu sou eternamente grato a você. Sei que é cedo para falar ou pedir isso, mas quero que você seja a madrinha do meu filho e vou deixar isso muito claro para a Celeste. -Sorri em meio as minhas lágrimas e o abracei. Ouvimos uma batida na porta. Fiquei em silêncio e o Rafa perguntou quem era.

-Sou eu, o Guilhermo. -Respirei aliviada.

-Está sozinho? -O Rafa perguntou.

-Sim. O que está acontecendo? 

-Nada. Já estamos saindo.

-Estamos? -O Guilhermo perguntou. -Quem está ai? Está tudo bem cara? -Eu e o Rafa limpamos nossas lágrimas, lavamos o rosto e saímos do banheiro.

-Está sim. Só estava conversando com a Elena. -Ele bagunçou meu cabelo e eu sorri. 

-Ah sim. Fiquei preocupado contigo cara, você sumiu do nada. -O Guilhermo abraçou o Rafa.

-Relaxa lek. Está tudo certo... Bora lá para fora? Tenho uma notícia para dar. -Ele falou sorrindo, nem parecia o mesmo menino que estava se abrindo para mim há minutos atrás. 

Fomos até a área da piscina, onde todos os meus amigos estavam. 

-Gente! -O Rafa gritou, chamando a Celeste com a mão. Ela foi até ele. -Eu e a Celeste temos uma notícia para vocês. 

-Vão casar? -O Igor perguntou rindo e o Rafa riu. 

-Vão fazer uma viagem para o Caribe? -O Caio chutou.

-Não. -A Celeste falou. -Eu estou grávida. -Ela completou toda sorridente. 

Todos bateram palmas, soltaram gritinhos de alegria e foram abraçar a futura mamãe e, possivelmente, o possível papai. O Guilhermo me olhou e eu forcei um sorriso para ele. 

Passamos a tarde toda na casa do Pedro e quando deu umas sete da noite, eu voltei para casa sozinha. A Carol disse que ia dormir na casa do Pedro e como meu pai estaria fora de casa resolvendo alguns assuntos não vi problema. Já o Arthur disse que ia para casa da Milena, então era eu e apenas eu essa noite. 

Quando cheguei em casa fui direto para o meu quarto e tomei um banho longo. Como ainda estava muito cedo para dormir, fiquei mexendo no Notebook e vendo um filme pela TV. Quando deu onze horas, cheguei a conclusão que estava muito cansada e me deitei para dormir. 

A imagem do Guilhermo invadiu meus pensamentos. Alguns de nossos momentos foram reconstruídos em minha mente e sorrisos bobos apareciam em meus lábios. 

Levantei da minha cama em um pulo de coragem, coloquei uma calça jeans e um casaco e saí de casa às onze horas da noite, a pé. 

Olhando para todos os lados, com medo de ter alguém mal intencionado na rua, fui caminhando, até estar na frente de uma janela, no segundo andar de uma casa, que, particularmente, foi bem difícil de escalar até ela. 

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