35.

2.8K 215 6
                                    

Abri os olhos e olhei para o Arthur. Ele estava com os olhos abertos e me olhando. Comecei a chorar de felicidade. A Andressa abriu um sorriso e me deu espaço para ir até ele.
-Quando foi que ele acordou? -Perguntei indo até ele.
-Quando eu cheguei aqui ele já estava acordado. -Dei um beijo na testa dele e o mesmo sorriu. -Vou ligar para o seu pai e vou mandar ele vir aqui. -Assenti e ela saiu do quarto.
-Minha...mãe? -Ele perguntou com dificuldade. Senti um aperto terrível no coração e uma vontade enorme de chorar.
-Arthur, ela faleceu no começo de julho. -Não podia chorar na frente dele, tinha que me manter forte. Por ele.
Pude perceber a expressão dele mudar, mas em momento algum chorou.
-Que...dia é hoje?
-Dia 24 de agosto. -Ele fechou os olhos.
-Amanhã é aniversário...de alguém. -Deu um sorrisinho torto.
-Para de fazer esforço. O médico já vem. -Ele assentiu com a cabeça e parou de falar.
Uma hora depois, meu pai já estava no quarto e o médico também.
-Bom, ele deve estar com um pouco de dor, mas isso é normal. Ele está a muito tempo deitado em uma cama, mas com fisioterapia tudo volta ao normal. Como previsto ele não tem nenhuma sequela do acidente. Deve estar em casa em uma semana, se tudo correr como o planejado. -O médico disse. -Alguma pergunta? -Meu pai e o Arthur negaram.
O médico saiu do quarto.
-Que bom te ter de volta, garoto. -Meu pai falou para o Arthur que já estava se sentindo mais disposto a falar.
-É bom voltar. -Ele sorriu para o meu pai. -Posso falar com a Elena? -Meu pai me olhou e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si.
Sentei na cadeira ao lado dele.
-Você escutava o que eu falava para você? -Perguntei.
-No começo, não. Mas de uns tempos para cá, eu passei a escutar. Não sei explicar, era estranho. Eu ouvia uma voz, mas não sabia da onde vinha. Eu escutei quando seus amigos vieram aqui e vocês ficaram conversando e também escutei a Carol um pouco antes deu acordar.
-Nem sempre falei coisas boas. -Ele passou a mão no meu rosto.
-Eu gostei de tudo que eu ouvi. -Sorri para ele. -Eu só tenho a te agradecer. Todos com o tempo pararam de vir, mas você não. Esteve aqui todas as noites e passava o dia comigo. Não se acha melhor amiga como você todos os dias.
-Eu fiz o que...
-Não vem falar que fez o que toda melhor amiga faria, pois você sabe que não é verdade. Pelo que eu te fiz passar, pelos foras que te dei e todas as palavras feias que eu te falei. Nada disso fez você desistir de mim. -Ele falava olhando no fundo dos meus olhos.
-Eu te amo, Arthur. Por mais babaca e ridículo que você tenha sido. Você sempre vai ser meu babaca e meu ridículo e isso não muda por nada.
-Que gay, Elena. -Ele falou e eu ri.
Ah que saudades daquele puto. Pensei.
-É bom te ter de volta, babaca!
-Nunca mais quero me afastar de você. Ninguém vale a sua amizade. Eu te amo, Elena.
-Quem está sendo gay agora? -Falei rindo e ele riu também.
A Carol e o meu povo todo entrou no quarto do hospital.
-Arthur, seu ridículo, achei que eu teria que vir morar no hospital com a minha namorada. -O Téo falou e riu o que fez o Arthur rir também.
-Até que enfim, heim lek. Depois de anos olhando a Elena de rabo de olho, conseguiu amarrar ela. -Fiquei boquiaberta.
-Como assim?
-Deixa baixo, Amor. -O Téo disse. -Cadê a parceria masculina? -Ele perguntou e o Arthur riu.
Os outros cumprimentaram o Arthur e ele ficou feliz em ver os meus amigos.
-Eu disse que você não precisaria de mim. -Guilhermo me abraçou e sussurrou no meu ouvido. Dei um sorriso.
-Eu sempre vou precisar de você. Você era o único que me compreendia e sabia o que falar. -Sussurrei de volta.

Desculpa a demora para postar !! Estava sem tempo.
Bjoos.
Comentem ❤️

Por que você ? Onde histórias criam vida. Descubra agora