40.

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-Você é horrível, Teodoro. -Falei jogando água na cara dele.
-Sou nada. -Ficamos brincando e nos beijando na água por um tempo e subimos na lancha.
-Tenho uma surpresa que você vai amar. -Sentei e ele sentou do meu lado.
-Outra? -Perguntei apoiando meu queixo no ombro dele.
-Sim. -Ele disse. -E mais tarde ainda tem mais uma. -Eu sorri e ele sorriu de volta.
Ele levantou e andou até um canto onde tinha uns cilindros.
-Vamos mergulhar? -Ele disse abrindo um sorriso. Eu levantei e comecei a pular e sorri. Sempre tive vontade de mergulhar de cilindro, mas da mesma forma que meu pai não pagaria para a Carol saltar, não pagaria para eu mergulhar. -Quantos anos você tem? -Ele perguntou rindo.
-Você estraga a alegria de qualquer criança. -Falei fazendo cara triste.
-Ah, vem cá. -Ele abriu os braços e me encaixei ali.
Ele me explicou tudo que eu precisava saber para mergulhar e eu até perguntei se era seguro e ele disse que tinha feito curso e tinha até diploma. Fora que ele já mergulhava com o tio.
-Vira de costas e deixa o corpo cair na água. Você não vai afundar. -Fiz o que ele mandou. Quando caí na água nem senti se estava frio ou não por causa da roupa de mergulho. Ele caiu logo em seguida. -Vamos afundar. Qualquer coisa você avisa ou aperta esse botão que vai subir. -Assenti com a cabeça e afundamos.
No começo estávamos bem perto da superfície e levei um tempo para acostumar a respirar pela boca. Quando ele via que eu estava bem e podia descer mais, descíamos.
Vi vários peixes e restos de navios naufragados. Foi diferente de tudo que eu já havia sentido na vida. Me passava uma sensação de tranquilidade e liberdade.
Perdi a noção do tempo, quando vi o sol estava começando a se pôr.
O Téo me ajudou a voltar para a lancha com aquele cilindro pesado e depois me ajudou a tirar aquela roupa toda.
Olhei para o Téo, mais especificamente para o corpo dele. Desde quando esse menino ficou tão gostoso?
-Gosta do que vê? -Ele perguntou reparando que eu o olhava.
De repente, não sabia o que estava acontecendo comigo, mas tudo em que eu pensava era que eu não queria estar em outro lugar e nem com outra pessoa. Então, me entreguei ao precioso momento em que estávamos tendo.
Ele estava encostado na parte que dava para a parte interna do barco.
Fui até ele e o beijei. Mas não um beijo qualquer, e sim um beijo com muita malícia e desejo.
Em meio aos beijos calorosos, Téo me puxou para o seu colo e pude sentir sua ereção. Entrelacei minhas pernas nas costas dele, o que me impedia de cair. Suas mãos passeavam pelo meu corpo enquanto nos olhavamos e nos beijávamos profundamente.
- Eu não queria estar em outro lugar nesse momento -Eu disse a ele sinceramente e então me agarrei mais a ele passando a mão pelo seu cabelo com alguns leves puxões. Tomei coragem e o levei para parte coberta da lancha, onde tinha uma cama. O empurrei na cama e fiquei por cima dele.
- Tem certeza disso Elena ? -Ele disse parecendo espantado, como se eu tivesse avançado demais... Será que era isso? Depois de tantos meses, ele não me queria?
- Você não me quer? -Perguntei confusa e com vergonha.
- Eu quero você desde antes do nosso primeiro beijo, mas eu quero saber se você também me qu... -Eu o interrompi com um beijo, explorando sua boca ao máximo.
-Você não está me forçando a nada. -Sussurrei no ouvido dele. Ele colocou as mãos na minha cintura e subiu até meus seios. Eu estremei e gemi baixinho.
Em meio a vários beijos, as nossas roupas de praia já estavam jogadas pela cama.
- Você confia em mim ? -Ele me perguntou mostrando a camisinha que tirou de uma gaveta.
- Completamente -Respondi.
Com todo cuidado, ele penetrou em mim e senti uma ardência seguido de uma dor difícil de explicar e levantei a cabeça para que o Téo não percebesse.
- Elena, eu te machuquei? -Ele perguntou preocupado mas eu não respondi. Ao invés disso, me movimentei em seu colo. A dor foi se transformando em um tremendo prazer. Quando nossos olhos se encontraram, um ar de paixão, ousadia e confiança se misturou e se perdeu entre nossos beijos que se intensificaram, à medida que sentimos mais um ao outro. Uma sensação nova surgia em mim, me levando ao delírio e acho que o Téo também sentia o mesmo. Acabei me entregando a essa sensação até que chegamos ao clímax juntos.
-Foi a melhor noite da minha vida, Elena. -Ele disse me abraçando com um enorme sorriso no rosto. Eu sei que eu estava satisfeita e cansada, é normal se sentir cansada?
-Ah Téo. Isso foi maravilhoso. -
Demos um sorriso cúmplice e deitamos entrelaçados sentindo o balanceio do barco. Só então parei para reparar que o teto era transparente e dava para ver o céu.
- As estrelas parecem estar mais brilhantes esta noite. -Disse sorrindo.
- É porque, hoje, elas brilham para nós.
Nos beijamos enquanto as estrelas nos assistiam.

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