52.

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-Assim como com seus amigos, você pode continuar conversando com ela.
-A única coisa que me salva é que ela não sabe. Se soubesse me trataria diferente. -Será que sou eu? Me peguei pensando. Claro que não, Elena. Tira isso da sua cabeça. O Guilhermo sabe que você namora e ama seu namorado. Ele não gostaria de mim, ou gostaria? E eu, será que gosto dele? Balancei minha cabeça para tirar os pensamentos merda dela e o Guilhermo percebeu.
-Está bem, Elena? -Ele perguntou rindo.
-Estou ótima. -Falei forçando um sorriso. -Vamos? Tenho que estudar.
-Vamos, mas você me ajuda em uma parada em Literatura? -Perguntou coçando a cabeça.
-Literatura, Guilhermo? -Perguntei rindo e ele me olhou feio. -Ajudo. -Fomos para a minha casa e direto para o meu quarto.
Ajudei o Guilhermo com a matéria toda de Literatura. O puto queria ajuda para não precisar estudar em casa sozinho depois.
-Obrigado! -Guilhermo falou saindo do meu quarto e bateu de frente com o Arthur. Putz, vou ouvir! -Tchau. -Ele gritou e desceu as escadas. Fazia tempo que eu não levava meus amigos até a porta para irem embora.
-Pode me contando tudo. -Arthur falou entrando no meu quarto e fechando a porta.
-A gente foi na sorveteria e veio estudar. Acabou. -Ele fez cara de tédio.
-Eu não vou falar nada. -Ele disse colocando a mão na boca.
-Fala. -Com certeza vai sair merda daquela boca.
-Você vai negar e eu sei, mas o que você sente pelo Téo é diferente do que você sente pelo Guilhermo. É algo maior...
-É, você tem razão eu vou negar. Para de viajar, Arthur.
-Quem está viajando? -O Téo apareceu na porta do meu quarto com a Carol.
-Ér... O Arthur deu a louca falando que não vai estudar e vai repetir de ano.
-Pelo amor, né Arthur? Para de ser burro. Você tem uma melhor amiga inteligente pra caralho e fica ai de cú doce. -Ela disse apontando para mim.
-Namoral, aula serve para vocês estudarem e tirarem as dúvidas. Não sou obrigada ajudar todo mundo. -Disse quase gritando. Primeiro o Téo, depois o Guilhermo e tenho certeza que domingo antes da prova a Carol vai querer ajuda com a matéria toda.
-Calma, Elena. -Téo falou. Ele veio até mim e me deu um selinho, mas eu o puxei para um beijo na frente dos dois mesmo.
-Você vai me ajudar a estudar então, Elena. Para todas as provas? -Assenti. Ele sabia a hora certa de perguntar as coisas. A hora que iria falar sim.
O Arthur riu e saiu do quarto arrastando a Carol.
-Como foi o dia? -Perguntei parando o beijo.
-Foi bom. Estava sentindo falta de sair com a Carol e falar da vida... Quer ver um filme?
-Quero. Deita ai que eu coloco.
-Aqui não. Lá na sala.
-Por quê?
-Elena, você já viu como você fica linda deitada em uma cama? -Ele falou me puxando pela cintura e eu ri.
-Para de ser pervertido e deita logo ai. -Ele ergueu as mãos em sinal de rendição e se deitou na cama. Coloquei um filme de terror, pois se eu colocasse de romance ele ia reclamar até o final do filme.
Deixei a porta aberta para caso meu pai chegasse não pensasse merda. Me deitei ao lado do Téo, me aconchegando em seus braços.
Ele ficou fazendo carinho no meu cabelo o filme todo e, às vezes, trocávamos alguns beijos.
Meu pai apareceu no quarto, mas não deu muita bola para gente.

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