19.

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Taquei pedras na janela, estilo filme americano. Só esperava estar tacando pedra na janela certa.
Logo vi a luz acender e abrirem a janela.
-Elena? -Guilhermo falou com voz de sono. -Pera ai.
Fui para a porta esperar ele abrir, o que não demorou muito.
-O que faz aqui?
-Não sei. -Abracei ele. O mesmo entrou em casa comigo. Ele me levou até o sofá e sentamos.
-O que o Arthur fez? Eu vou dar na cara desse menino. -Contei tudo o que aconteceu para ele e o mesmo ficou com raiva do Arthur e até ameaçou bater nele.
-Ele jogou nossa amizade no lixo. -Falei desabando.
-Deita aqui. -Ele me fez deitar no colo dele e ficou fazendo cafuné na minha cabeça. Não sei por quanto tempo ficamos ali naquela posição sem falar. Sei que depois de um tempo ele havia me acalmado e eu não chorava mais.
-Preciso te levar para casa. -Ele tinha razão. Se meu pai resolvesse ligar para tia Valesca eu estaria ferrada.
O Guilhermo pegou a chave do carro e me levou para casa. Parou umas duas casas antes da minha, para não dar pista.
Apesar de todos meus amigos serem menor de idade. Todos eles tem carro. Como a cidade é pequena, os policiais não veem muito esse tipo de infração.
Me despedi do Guilhermo com um abraço e entrei em casa.
Não tinha sinal de vida em casa e fui direto para o meu quarto. A Carol estava lendo um livro sobre Mitologia.
-Papai deixou você ir amanhã. Guilhermo vem 10h da manhã. Arrume uma pequena mala. -Ela falou sem tirar os olhos do livro.
-Obrigada Carol.
-Não por isso. -Falou indiferente passando a página do livro.

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