Acordei na segunda-feira sentada na cadeira ainda segurando a mão do Arthur. Olhei ao redor e vi uma enfermeira trocando o soro dele.
-Você é uma ótima namorada. -Ela disse com um sorriso no rosto.
-Eu não sou a namorada dele...
-Eu sou. -Lara disse entrando no quarto toda afobada. -Como ele está? -Ela perguntou olhando para a enfermeira. Ela me olhou e eu dei de ombros.
-Ele está em coma.
-Isso eu estou vendo, mas ele vai melhorar? -Antes que a enfermeira pudesse falar algo eu fui mais rápida.
-Relaxa que por enquanto sua herança está segura. Mas você acha que consegue enrolar ele até o casamento? -Pude reparar a fúrias nos olhos dela. Dois homens de branco entraram no quarto afobados.
-Desculpe, mas a senhorita não pode ficar aqui. -Um dos dois homens falou e colocou a mão no ombro da Lara. -Ordens da mãe do paciente. -Ele completou, quando viu que ela não iria sair do lugar.
-Aquela velha já pode morrer. -Ela sussurrou mais eu pude ouvir.
-O QUE VOCÊ DISSE? -Gritei perdendo completamente a linha. Os dois homens me olharam e eu pedi desculpa com o olhar. Fiquei frente a frente com a Lara. -Olha aqui garota, eu não ligo se você é uma falsa, mas tenta, apenas tenta, mexer com quem eu gosto. Você vai estar muito na merda. Agora sai daqui. -Ela não se mexeu. -Por favor, levem ela antes que eu tire essa megera a tapas.
-Isso não vai ficar assim. -Disse sendo empurrada para fora pelos dois homens.
-Desculpe por isso. -Falei ao ver que a enfermeira estava meio desconsertada com a situação.
-Posso arriscar um chute? -Assenti. -Vocês dois, melhores amigos. -Ela disse apontando para mim e para o Arthur. -Aquela garota, namorada que acabou com a amizade de vocês.
-É uma história tão previsível assim?
-Não sei. -Deu de ombros. -Aconteceu comigo.
-E o que você fez? -Sentei no sofá.
-Ele parou de se importar comigo e eu com ele. Não tivemos oportunidades de nos reaproximar. -Ela me olhou. -Sei que você está mal com o que aconteceu com ele, mas leva isso como uma prova de que a vida quer que vocês voltem a se falar.
-E se ele não acordar? -Olhei para o Arthur e comecei a chorar.
-Ele vai acordar. -Ela disse com uma certeza na voz, que por alguns segundos eu acreditei. Ela saiu do quarto, mas voltou como se tivesse esquecido algo.
-A propósito, sou a Andressa. -Ela sorriu para mim.
-Elena. -Sorri de volta e ela foi embora.
Olhei a hora, 14:36, logo o Téo viria para o hospital e eu poderia ir em casa tomar um bom banho.
-Amor! -Téo entrou no quarto, veio até mim e me deu um selinho. -Encontrei seu pai no corredor e ele disse que vai para casa com você. -Assenti.
-Eu já volto. -Sorri para o Téo e saí do quarto. Dei logo de cara com meu pai.
-Vamos? -Ele perguntou e eu assenti.
Fomos para casa e conversando no caminho.
-Pensa em falta aula quantos dias, mocinha?
-Mais nenhum se eu puder ir direto do hospital.
-Você é responsável, Elena, e ganha pontos comigo por isso. Desde que você não falte aula e mantenha suas notas, você pode até morar no hospital, se quiser.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Por que você ?
RomanceElena, uma menina que muda completamente suas amizades. Antes, amiga de apenas um menino que por sinal era apaixonada, Arthur, que a trocou pela namorada. Agora, se juntou com os amigos da irmã, Carol, e um aluno novo, Guilhermo. Será que daí pode s...