-Eu te devo um imenso pedido de desculpas Gui. -Corri até ele e o abracei. O abracei mais forte quando lembrei o quanto desejei esse abraço ontem. -Eu não devia ter falado aquilo para você. Em momento algum você foi egoísta e agora eu entendo isso. O Caio me fez ver que sua atitude foi de muita coragem. -Me soltei dele e olhei bem em seus olhos e fiquei imaginando se meu olhos estariam brilhando ou tudo foi invenção do Caio.
-Eu te desculpo, minha linda. Mas eu estou arrependido de ter te contado. Eu fui um covarde ao apostar isso com você. Eu te tirei a liberdade que você tinha em escolher se queria saber ou não. Eu queria tanto me livrar desse segredo que existia entre a gente, que eu não pensei no que poderia causar em você. -Ele acariciou meu rosto. -Não quero te perder Elena. -Ele olho para o chão e eu senti uma pontada horrível no peito. O pensamento de ter o Guilhermo fora da minha vida para sempre me passou pela mente e antes que a dominasse completamente eu balancei a cabeça.
O Guilhermo deu um sorrisinho.
-Eu também não quero te perder e nem quero que a nossa amizade fique estranha.
-Mas e o Téo? -Respirei fundo. Uma hora todo mundo teria que saber.
-Ele acho que eu tinha traído ele com você ontem e dormiu com a Kelly. -Quase deixei as lágrimas rolarem pelo meu rosto. O Guilhermo percebeu e me abraçou.
-Ah, Elena. Eu sinto muito. -Ele passou a mão pelo meu cabelo. -Pode chorar se quiser.
-Não vou chorar. -O abracei mais forte. Queria prolongar nossa conversa para o resto da vida, mas eu ainda tinha duas pessoas para conversar e uma criança para passar o dia. Desfiz o nosso abraço.
-Tudo certo entre a gente?
-Sim Gui. Você é muito importante para mim e, Arthur que não me escute, eu confio muito em você. Ontem quando eu vi a Kelly na casa do Téo eu tive uma vontade absurda de correr para sua casa e me aconchegar nos seus braços. -Comecei a chorar. -Eu queria que você me falasse que tudo ia ficar bem e que eu não precisar ficar triste que tudo ia dar certo.
-Elena não chora, por favor. -Ele limpou as minhas lágrimas. -Eu estou aqui agora.
-E promete que sempre vai estar?
-Prometo, Elena. -Eu o abracei de novo. Não sabia se estava chorando pelo Téo ou pela falta que senti, ontem, do aconchego do Guilhermo. Por mais que eu ame o Caio e tenha amado conversar com ele e ouvir seus conselhos, ele não é e nunca será o Guilhermo. Ficar brigada com ele por poucas horas me fez ficar um caco. -Agora eu vou indo. Sei que você ainda vai ter um longo dia pela frente e eu não quero te atrapalhar.
-Vamos sair hoje à noite? Vamos para a praia? -Perguntei desfazendo mais um de nossos abraços.
-Vamos. -Ele disse rindo. -Passo aqui por volta das 6 horas da noite. -Assenti limpando as minha lágrimas. Eu precisava mostrar para ele que nossa amizade continuava a mesma, pois sei que usar apenas palavras não iam mostrar nada.
Levei ele até a porta e ao sair ele deu de cara com o Téo.
-Tenha um bom dia Téo. -Ele falou todo simpático.
-Você também Guilhermo.
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Por que você ?
RomanceElena, uma menina que muda completamente suas amizades. Antes, amiga de apenas um menino que por sinal era apaixonada, Arthur, que a trocou pela namorada. Agora, se juntou com os amigos da irmã, Carol, e um aluno novo, Guilhermo. Será que daí pode s...