41.

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Quando o sol tinha se posto completamente, eu e o Téo voltamos para o canal e deixamos o barco lá.
-Hoje foi um dos melhores dia da minha vida. -Disse sorrindo.
-Ainda falta uma coisa. -Estávamos dentro do carro e ele estava prestes a dar partida. Ele pegou uma caixinha de veludo preta no bolso. -Eu pretendia te dar isso no barco, mas você deu uma de menina ousada que não podia estragar o clima. -Ele riu e tenho certeza que eu corei.
-Não vai me pedir em casamento, vai? -Perguntei fingindo preocupação e ele riu.
-Para de estragar a merda do clima. O local já não ajuda. Então fica quieta ai e deixa eu falar. -Ele abriu a caixinha e vi dois anéis, um lindo de ouro com um coração e outro simples de ouro. -Admito que na primeira vez que quando joguei aquela indireta na sala, eu só queria curtir, mas na primeira vez que a gente se beijou, eu senti algo diferente. Eu queria estar com você e te proteger de todo o mal e eu não queria mais beijar outras bocas além da sua. Nos meses que você ficou naquele hospital com o Arthur, eu só conseguia pensar no quanto estava sofrendo e querendo seu amigo de volta e saber que eu não podia fazer nada, me deixava péssimo. Eu sempre me preocupei, desde quando começamos a namorar, se eu conseguiria te fazer feliz e ser suficiente para você. Elena, eu não sei o que viu em mim de tão especial, mas agradeço por ser merecedor do seu amor. Só quero que saiba que eu posso não ser perfeito, mas tento ser o melhor para poder te fazer sorrir e te amar cada dia mais. -Ele disse tudo olhando no fundo dos meus olhos. Eu chorava de alegria e só tinha uma certeza eu o amava.
-Eu fiquei com tanto medo de te perder. De você achar que eu era uma namorada que não te dava atenção. Não nossos amigos, mas sei que teve muita gente lá na escola que encarnou em você, falando várias merdas de mim e sei, pela Carol, que você sempre me defendeu. Fico com tanto medo de falhar com você. -Olhei para baixo e ele levantou meu rosto.
-Você não vai falhar comigo, assim como pretendo não falhar com você. -Ele tirou o anel da caixinha e colocou no meu dedo.
-Espero que dê. Foi muito cara para perder assim. -Ele sussurrou e eu tive que rir.
O anel deu certinho.
-Que pulseira é essa? -Disse se referindo a pulseira banhada de ouro que o Guilhermo me deu de aniversário mais cedo no colégio.
-O Guilhermo me deu. -Ele fez uma cara feia. -Amor, ele é só meu amigo.
-E ele sabe disso? -Ele perguntou ignorante.
-Téo! -O repreendi e ele me olhou com um olhar como se se desculpasse.
Peguei o anel dele na caixinha e coloquei no dedo dele.
Ele sorriu e eu sorri de volta.
-Te amo, Elena.
-Te amo, Téo.

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