53.

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A semana voou e meus amigos só sabiam falar do circo que a gente iria. Guilhermo sempre ficava quieto nesse assunto. Ele não estava nada animado, assim como a Carol. Mas foi só o Pedro dizer que protegia ela, que topou na hora.
Acordei na sexta com o Arthur socando a porta.
-Para com essa porra, Arthur. -Carol gritou tacando o travesseiro na porta.
Levantei da cama esfregando os olhos. Fiz minha higiene e me arrumei. Saí de casa com os dois e fomos a pé para a escola.
-Último dia antes das provas. -Falei.
-A pessoa sabe o que falar para estragar uma sexta-feira. -A Carol disse.
Durante toda a semana, na parte da noite eu ajudei o Arthur com a matéria e graças a Deus ele era um bom aluno e pegou rápido.
Assim que chegamos na escola fomos para o nosso grupinho. O Téo não estava lá. Esperei até o sinal tocar e entrarmos na sala e nada do Téo.
-Alguém viu o Téo? -Perguntei já em sala. Todos negaram. Mandei um SMS para ele.
" amooor?? Onde vc se meteu?"
Ele não demorou a responder.
"Meu avô caiu da escada e vai passar a noite em observação. Vou ter q ficar aq no hospital. Babou a nossa noite. "
-Professor? -O professor me olhou. -Posso ir ao banheiro? -Ele assentiu e eu saí de sala com o meu celular. Fui no banheiro e liguei para o Téo.
-Amor, como ele está? Quer que eu vá para ai depois do colégio? -Perguntei assim que ele atendeu.
-Ele está bem. Só está em observação mesmo. Não quero que você venha. Vai curtir o circo com seus amigos e amanhã você vai comigo! -Falou autoritário e eu ri.
-Pode deixar. -Falei rindo. -Fica bem. Qualquer coisa me liga. Te amo.
-Te amo. -Desliguei e voltei para a sala.
-O avô dele caiu da escada e está no hospital, mas ele está bem. -Sussurrei para meus amigos e o professor escutou.
-Atrapalho, Carolina? -Ele falou se referindo a mim.
-Sou a Elena. -Falei.
-Dá no mesmo. Agora fica quieta. -Falou grosso.
-Não. Não dá no mesmo! -Carol falou de levantando e toda irritadinha. Todos olharam para ela.
-Isso não vai prestar. -Pedro sussurrou para mim.
-Somos duas pessoas diferentes. É comum confundirem a gente, mas normalmente as pessoas pedem desculpa. Em momento algum falam " dá no mesmo" , porque não dá no mesmo... -Pedro que estava sentado atrás dela, se levantou e colocou a mão na boca dela, a fazendo parar de falar.
-Já para fora, mocinha. -O professor disse.
A Carol tirou a mão do Pedro da boca dela.
-Com todo prazer, Paulão. -Falou saindo da sala.
-Não me chame assim.
-Você parece tanto com o Paulão, que dá no mesmo. -Ela deu um sorrisinho irônico e ele se segurou para não voar em cima dela. A metade da turma riu. O professor olhou para nós e saiu da sala com a Carol.
-Mano, ela só arruma merda. -Igor falou.
-É da Carolina que estamos falando. -Falei. -Quando ela não arruma merda?
-O que é que eu fui arranjar? -Pedro falou pensativo.
-É, Pedrão. -Guilhermo deu uns tapinhas no peito dele. -Boa sorte. -Nós rimos.

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