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No dia seguinte eu acordei super bem e disposta, diferente de alguns dos meus amigos, Pedro e Caio, que acordaram com uma ressaca das brabas. A Carol fez um escândalo no hotel ontem de madrugada, assim que viu o estado do ficante/namorado dela. Digamos que ela arrumou um pequeno problema com um dos carinhas da portaria, mas nada sério que nos fizesse ter que sair do hotel. 

Nosso café da manhã teve que ser super rápido, já que nosso passeio de barco e o nosso mergulho estava marcado para às 8:00. 

-Eu não acredito que finalmente vamos mergulhar! -Celeste falou toda animada.

-Já não era hora! -Guilhermo falou. -Vocês perturbaram tanto com isso. -Ele revirou os olhos e eu ri. 

-Preciso confessar... -Rafael começou a falar esfregando uma mão na outra. -Não sei nadar. -O idiota do Caio ameaçou rir, mas quando viu que era sério, se conteve e deu um tapinha nas costas do amigo.

-Você não precisa saber nadar. Você vai ser acompanhado por um instrutor, se der sorte uma instrutora... -A Celeste deu um tapa na cabeça do Caio. 

-E, amor, você vai estar com um cilindro de oxigênio gigante nas suas costas. -Celeste falou. 

-É... -Ele disse, mas não pareceu muito seguro. 

Olhei para um canto do barco, que tinha outros turistas além de nós, e vi a minha irmã olhando para o mar. Levantei do lado do Guilhermo e fui atrás dela.

-O Pedro me traiu. -Ela disse sentindo a minha presença atrás dela. -Bom, tecnicamente, a gente não namorava, mas desde que a gente resolveu ficar sério, há muitos meses atrás, diz ele, que não ficou com nenhuma garota. -Vi uma lágrima escorrer do olho dela e ela se levantou para me abraçar. -Eu estou muito mal, Elena. Ele transou com ela no banheiro da boate. 

-O que? -Falei a puxando para olhar nos olhos dela. -Quando a fofoca chegou no meu ouvido ontem achei que só fosse um beijo. Por que ele faria isso? 

-Eu não sei, Elena. -Mais lágrimas escorreram dos olhos dela, mas agora pra valer. Ela estava chorando desesperadamente na frente de todo mundo, inclusive do Pedro.

-Para de chorar, Carol. Vamos aproveitar o passeio. Esquece o Pedro pelo menos por agora e aproveita o mergulho. Você ama água. -Ela forçou um sorriso e limpou as lágrimas. 

-Podemos conversar, Carol? -A voz do Pedro soou atrás de mim. 

-O que é? Quer conversar em público porque eu não vou poder gritar e te matar sem parecer uma maluca? -Ela falou sem alterar o tom de voz. 

-Eu queria pedir descu...

-Não. Eu não quero saber dos seus pedidos de desculpas. Não aceitei ontem e não vou aceitar hoje.

-Ta bom então, Carol. Eu desisto! Sei que você ficou bolada e eu pedi desculpa pra você, mas a verdade é que eu não te devo desculpas, a gente não namora... -Ele falou virando de costas e indo para os nossos amigos. -Mais uma coisa, para de falar pra todo mundo que eu te trai, pois você, como ninguém, sabe que não temos nada! 

-Você é um idiota. -Ela gritou e todos que estavam no barco olharam para ela. -O que é? Voltem para o passeio de vocês. -A Celeste, a Milena, o Arthur e o Guilhermo se aproximaram de mim e da minha irmã. 

-Carol, esquece isso.

-Vamos curtir. 

-Quando a gente chegar no hotel eu te ajudo a dar uma surra no Pedro... Ou melhor, eu dou sozinho. -O Arthur falou e a Carol o abraçou. 



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