(...)
Um largo caminho estendia-se à frente em uma perfeição admirável, por onde outros se encontravam formando, consequentemente, inúmeras encruzilhadas e os retângulos em seu centro. Em total havia doze retângulos e em cada dividia-se em três, criando no total trinta e seis sobre-níveis.
Os grunhidos de ação ritmavam-se aos movimentos provocados; o fogo serpenteava no ar e em cada canto das delimitações retangulares os jovens respiravam pesadamente, suados, resultado dos esforços das prováveis estafantes horas de prática. Já subido no sobre-nível disponível, logo ao lado ainda perpetuava uma luta entre dois garotos; disputa que mesmo Ana e Merlino assistiam com avidez.
Ambos estavam ofegantes. O jovem a direita, que aparentava ser o mais velho, respirava fundo a apoiar-se em seus joelhos enquanto o da esquerda, o aparentemente mais juvenil, girava seu pescoço do intuído de produzir estalos pelo movimento. Esse seria o certame que definiria o melhor na batalha. Um sinalizara para o outro informando aptidão, que iniciaram depois de uma cortesia de inclinação.
Terminado os cumprimentos, rapidamente o mais jovem correra e girara furiosamente em direção ao seu oponente a criar em seu eixo um redemoinhar de fogo que, ao movimento, incorporara-se em tamanho e poder em direção ao segundo jovem já em posição. Typson dera inevitavelmente um passo para trás devido ao calor produzido e pela magnitude do revestir das chamas em torno do mais jovem. Tamanho era o poder da batalha que outros que treinavam ao redor pararam para observar o curso que daria o fim de belo duelo.
O mais velho permanecera imóvel. Tão somente respirava com braços e pernas posicionas em perfeita harmonia. Quando toda aquela onda de energia o atingira, o jovem unicamente fizera um rápido movimento arqueado com pernas, deslizando-as ao chão. Onde fora desenhado o arco, em lugar brotara uma coluna contínua de fogo a jorrar-se contra aquele poderoso redemoinhar, extinguindo-o ao toque que tampouco impedira o progresso do contra-ataque. O mais jovem, espantado pela reviravolta de seu movimento, assistindo toda aquela massa de chamas em sua direção, esticara um único braço até a ponta de seus dedos; e como pudesse cortar aquele muro ardente, descera seu braço em sincrônico momento criando em consequência uma frecha de escape. E funcionara.
Passado o muro de chamas, o mais jovem pisara forte no chão iniciando um correr contínuo de fogo em superfície, direcionado ao seu oponente, que por ele saltara, girara no ar e, aproveitando movimento, juntara as duas mãos a criar um poderoso cometa de mesmo elemento que atingira em cheio o seu oponente. Mesmo ao se defender, a colisão fora demasiada perto impulsionando-o em consequência para longe, mais especificamente, fora do sobre-nível. A batalha terminara. Nada não durou mais que um minuto.
Respirado o ar do triunfo, o ganhador correra em auxílio do vencido, ajudando-o a pôr-se em pé decentemente. Curiosamente ambos riram, abraçaram-se a dar tapas amigáveis nas costas e embaraçar com as mãos seus cabelos escuros e chamuscados. Estavam acabados, porém alegres e satisfeitos.
– Minha amada mãe, você acabou comigo. – Respirava o mais novo. – O que foi aquilo que você fez? Santa Esfera! Como fez aquilo!?
– Não me pergunte nada agora. – Sorrira o mais velho. – Ainda me pergunto de quantas foram as voltas que você deu no ar. Não ficou enjoado? Juraria ver uma tormenta explodir dentro de você! – Gargalharam. – Você é maluco.
– Talvez. Mas você ficou um pouco lento.
– Não fui o perdedor, fui?
– Também não precisa humilhar o jovem aqui. – Resmungara o mais novo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Jornada de um Assistente e a Esfera da Lua
AventuraNada inicia-se sem uma perturbação. Do que você seria capaz caso perdesse parte do que ama e tudo que tivesse como esperança fosse uma lenda antiga esquecida por muitos? Um jovem chamado Typson encontra-se numa situação semelhante, juntamente a Anab...