Capítulo Dezessete - A Espada

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(...)


Logo, uma expectativa iluminação surgiu acompanhada por uma jovem de cabelos ruivos. Ana aparecera claramente apreensiva, examinando o seu redor com confusa curiosidade. O efeito da luz era diferente nas paredes molhadas e em seu cabelo.

- Não dê mais um passo. - Alertara Razi com antecedência. - Há um enorme buraco em poucos passos à sua frente.

Ana, ao incorporar por alguns instantes a sua labareda, visualizara a profundidade e a extensão do abismo.

- Santa mãe. - Suspira Ana em susto. - É imensamente profundo.

- Faça o que eu fiz. - Explicara Razi todo o processo anterior seu feito.

- Eu não farei isso. Demorará uma eternidade. - Disse fazendo com que sua labareda flutuasse no ar. - Eu... saltarei. - Disse por fim.

- Fará o quê!? Não, Ana... não... não... não!

Mas, Ana saltara. Para a sorte ou habilidade da jovem, ela alcançara a outra extremidade. Ao instante que aterrissara, Ana sorrira gloriosa dando apenas dois passos para trás, mas o suficiente para desequilibrá-la. Seu corpo pendulava para o abismo e seus braços sacudiam na busca por equilíbrio enquanto sua expressão aterrorizava-se por sua queda. O fogo apagou. Razi, visualizando o pânico, imediatamente puxara Ana para si com toda a sua força; ato que a salvara e que fizera ambos cair um sobre o outro.

- Você está bem, Razi? - Perguntara a produzir uma segunda chama.

- Estaria melhor se você saísse de cima de meu peito. - Resfolegara.

- Oh, desculpe-me. - Sorrira. - E obrigada.

- Tudo bem. - Levantara-se. - Vamos continuar e acabar com isso.

Ana tomava a frente erguendo a luz acima de sua cabeça; ação que iluminava o teto e as estacas de rochas desenhadas pelo passar dos anos. Os jovens não mais se depararam com outro abismo ou bloqueios similares. Quanto mais avançavam, peculiaridades eram-se notadas especialmente no ar abafado e úmido; um dos poucos lugares que a verdadeira brisa esquecera. O som de gotas d'água em rota de colisão ao chão tornaram-se frequentes, quase musicais. Em certos momentos, quando uma gota tinha a infelicidade de cair encontro ao fogo, o seu chiado de calefação consequente encobria os demais sons da estreita caverna como uma advertência aos ruídos provocados.

Perante o lento progresso, Razi e Ana encontraram o fim do sinuoso corredor e uma segunda porta em passagem; essa era caracteristicamente semelhante à anterior. A mesma estava velha e apodrecida, pois partes da madeira haviam se fragmentado por alguma ação externa. Uma fluorescência azulada emergia das brechas que a porta possuía.

- Preparado? - Perguntara Ana a repousar sua mão na superfície de madeira apodrecida.

- Não muito. - Respondera. - Mas a abriremos juntos.

Ana e Razi repousaram a mãos, empurrando-a sem muito esforço, adentrando a uma nova condição. O que viram a frente, tirara-lhes qualquer exclamação de surpresa. Uma camada azul-celeste reluzia em extensão.

- Estávamos sobre isso durante todos esses anos? - Respirara Razi o ar e imagem.

- É lindo. - Extasiara-se Ana abrindo os olhos, extinguindo sua chama. - O que seria isso?

- Eu não sei. - Razi respondera lentamente. - Lembra uma superfície aquosa, porém mais... azul e... denso.

- Um lago? Embaixo da terra? - Franzira Ana o cenho. - Existiria algo como isso?

A Jornada de um Assistente e a Esfera da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora