Amor nas Urgências

Capitulo 43

           

No final do dia, Daryl aparece de repente, bastante animado.

DARYL: Olá, pessoal!

Eu não esperava vê-lo novamente tão cedo.

NICOLE: Daryl? Mas o que você está fazendo aqui? Você não tinha ido para casa dormir um pouco?

DARYL: Sim, sim, eu dormi a tarde toda! Mas após um dia cheio de emoções, eu pensei que seria óptimo sair um pouco e refrescar a cabeça. Só para nos sentirmos melhor, depois dessa experiência traumática que tivemos, sei lá. Topa?

NICOLE: Não, eu quero ver se o Matt está bem.

DARYL: Matt, o paciente com cetoacidose? Você parece bastante interessada na situação dele, isso é bom!

NICOLE: Quero garantir que tudo esteja bem, depois do que passamos.

DARYL: Mas você ficará presa no hospital! Pense um pouco sobre uma noite feliz com os amigos.

NICOLE: Mas eu gosto da companhia dele! Eu o acho muito divertido.

Passei em casa para tomar um banho e me trocar. Também preparei algumas coisas para comer e beber, após fazer algumas pesquisas na internet.

DORIS: O que você está fazendo aqui, Nicole?

Eu não esperava encontrar a Doris aqui esta noite, não sei o que ela está fazendo aqui, pois ela esteve de plantão ontem.

DORIS: Você não ia a uma festa? Ou dormir?

Ela cerra os olhos, desconfiada. Ela está me examinando da cabeça aos pés, como se estivesse julgando minhas roupas e a sacola plástica que estou segurando.

Eu respiro fundo para ganhar paciência.

NICOLE: Eu ainda tenho coisas a fazer aqui.

Prefiro não entrar em detalhes, ela pode acabar se intrometendo. Eu não quero desperdiçar o tempo que passarei com Matt!

NICOLE: Você se importa?

DORIS: Claro, me desculpe.

Com um educado aceno de cabeça, eu me despeço e sigo em direcção ao escritório dos alunos.

Uma rápida olhada no computador e eu poderei encontrar o numero do quarto de Matt na Diabetologia.

Eu bato na porta e abro devagar.

MATT: Nicole?

Ele parece surpreso quando me vê entrando no quarto. Eu o vejo marcando a pagina do livro que está lendo e colocando ao lado da cama.

MATT: O que você está fazendo aqui?

NICOLE: Eu passei para ver como você está!

MATT: É muita gentileza sua. Obrigado por cuidar de mim esta manhã, por falar comigo.

Seu belo sorriso me recompensa por algo que não exigiu muito esforço de mim, para ser sincera.

NICOLE: Sua mãe trouxe alguns livros?

Ele concorda com a cabeça e aponta em direcção à mesa de cabeceira, onde uma grande pilha de livros está quase desmoronando.

NICOLE: São os livros para a sua tese?

MATT: Sim. Estou um pouco atrasado nos estudos.

Ele suspira fundo.

MATT: Devo confessar que eu não esperava que fosse me esforçar tanto...

Ao ouvir as suas palavras, sinto um aperto quando lembro que ele pensou em acabar com a sua própria vida.

NICOLE: Fazer essa tese está sobrecarregando você?

MATT: Não, na verdade é todo o resto. Esta vida de restrições, controle e limitações nunca vai mudar. Eu sinto como se eu tivesse sido jogado na prisão injustamente, e que além de ser vitima, também sou o culpado. E eu preciso deixar isso claro às pessoas ao meu redor, isso me irrita um pouco, nem todos entendem.

Eu franzo a testa, irritada.